KASSEL, duo brasileiro de indie pop, lança a reflexiva e imersiva "Headache"; assista ao clipe

"Posso fazer de todo o desconforto um mar azul sem fim?", questiona eu-lírico da nova música da dupla, produzida por Saulo von Seehausen (saudade).

KASSEL
Foto: Tullio Juric

Pare durante um tempo e respire. Olhe para trás. Não literalmente, claro, mas reflita sobre o decorrer de sua vida. Se arrepende de algo? Tudo bem, nenhum de nós está 100% satisfeito com o rumo de nossas vidas. Sempre nos deparamos com uma estranha sensação de poder ter feito algo de forma diferente. Sempre estaremos permeados pela vontade de consertar um erro passado. Esse, por sinal, é o tema do mais novo single do duo alternativo KASSEL. “Headache” fala sobre esse sentimento inexplicável que todos nós sentimos, de refletir sobre o passado e propor internamente uma melhora para o futuro.

O importante, no entanto, não é o arrependimento, mas, sim, a mudança. “Podemos retroceder a vida por um momento? Posso fazer de todo o desconforto um mar azul sem fim?”, se questiona o eu-lírico da faixa, em inglês, em busca de correção. A composição surgiu a partir do vocalista Renan Rocha, que logo levou a ideia ao seu colega instrumentista Rodrigo Soares. Eles se enxergaram no tema e resolveram tirar a ideia do papel. “Existia um sentimento de angústia inexplicável em mim, como se tivesse deixado escapar no tempo as oportunidades de ser eu mesmo”, comenta Renan.

A jornada de criação da música também contou com as contribuições de saudade (produção, synths e piano), Leando Bronze (baixo) e Otávio Bonazzi (mixagem e masterização). É o primeiro lançamento da dupla em 2021, após divulgar os singles de estreia “This Is About Leaving” e “That Lost War” em 2020.

 

KASSEL

A faixa também veio acompanhada por um interessante videoclipe, que conta com direção de Tullio Juric. No vídeo, Rodrigo e Renan interpretam versões do mesmo personagem em belas paisagens do interior do Rio de Janeiro.

Sobre isso, Rodrigo destaca:

Essa música fala muito de como nós dois nos sentimos em relação ao passado, as angústias e ao que pensamos da vida. Nada mais lógico do que no clipe/filme interpretarmos o mesmo personagem, cada um por sua perspectiva.

Também ganha destaque a presença do fogo enquanto metáfora para a transformação. No clipe, isso mostra que o personagem está disposto a mudar. A capa do single (que também tem espaço no vídeo), por sinal, é uma pintura da artista Mônica Vianna que colore bem essa questão transformadora.

E aí? O que achou da canção?