O cantor, compositor e guitarrista André Dias lançou no último dia 26, no YouTube, o disco visual Das Mais Belas Tristezas às Mais Doces Levezas.
Gravado em Salvador, o álbum tem como destaque as faixas “Mar de Desejos”, “O Véu”, “Lembro” e “Eu Sou”, que estabelecem um contraponto ao apresentar o protagonismo de um homem negro ao mesmo tempo em que discutem estereótipos racistas e machistas.
Dirigido por Glauco Neves e roteirizado pelo próprio André, o projeto tem produção executiva assinada por Heverton e direção artística de Thiago Dias.
Já a produção musical do trabalho foi realizada por André T e conta com as participações de Antenor Cardoso, Cadinho Almeida, Morotó Slim, entre outros artistas.
A dualidade entre a Beleza e a Tristeza
O conceito do disco foi desenvolvido a partir do próprio título, que sugere o entendimento da beleza como uma calma caminhada que atravessa a tristeza e tudo que chega com ela.
“Com a ajuda dos meus irmãos, Thiago e Josué Dias, buscamos referências para dar sustento ao argumento. Depois disso, ficou muito fácil escrever o roteiro. Em seguida, Glauco lapidou tudo com os conceitos e macetes que só um filmmaker pode oferecer,” explica André.
Durante as gravações, ele enfrentou um período de incertezas por causa das restrições de acesso às áreas de filmagem diante da pandemia. Inclusive, uma das locações precisou ser alterada de última hora.
Seguindo os protocolos de segurança e distanciamento, as cenas foram rodadas em quatro dias entre a Praia da Penha, na Ribeira, as Dunas de Stella Maris, o Dique do Tororó e, por fim, o Teatro Sesi, no Rio Vermelho.
“É preciso dizer que senti na pele as decisões do roteirista. Duas locações apresentaram alguns desafios físicos para mim, na hora de rodar e as frases mais recorrentes na equipe eram: ‘Você que escreveu isso’ ou ‘Tudo em nome da arte’. Da próxima vez, pensarei em um roteiro no qual eu não ‘sofra’ tanto,” destaca o cantor.
“Na praia, o grande desafio foi ter que entrar na água gelada às 5h da manhã e fazer inúmeros takes nadando, mergulhando. Passamos mais de seis horas gravando,” relembra André, que teve apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura (Programa Aldir Blanc Bahia), via Lei Aldir Blanc.
Assista abaixo a Das Mais Belas Tristezas às Mais Doces Levezas!