O baterista do Metallica, Lars Ulrich, foi mais um músico a destacar a relevância de Charlie Watts para a história do Rock.
O companheiro de grupo de James Hetfield disse que o falecido baterista dos Rolling Stones era uma “parte significativa e subestimada” do som da banda.
Em entrevista à Rolling Stone (via NME), Ulrich contou que ficou chocado ao saber da morte de Watts e que ela “tocou profundamente em vários níveis” porque, “como fã dos Stones, é meio que o fim de uma era para a banda, pois ele foi o único baterista que participou de todas as gravações”.
Lars completou:
Em uma banda em que os olhares eram especialmente atraídos para Mick e Keith, muita gente não compreendia o quão valioso ele [Watts] era.
Charlie Watts foi grande influência para o Metallica
Lars também falou sobre como Charlie — que integrava os Rolling Stones desde 1963 — o inspirou na profissão, o citando como uma influência para o trabalho do próprio Metallica incluindo até mesmo o Black Album, que está celebrando 30 anos em 2021:
Charlie sempre foi essa força condutora. Ele podia detonar essas canções, transformá-las de um jeito e de outro, e ainda assim manteria aquela atitude. Vê-lo fazer com toda aquela vontade em idade avançada é muito poderoso.
O Metallica está 20, 25 anos atrás, mas tem me dado bastante confiança nas possibilidades do que pode continuar a ser – música, shows, contato com os fãs, conectarmos uns com os outros enquanto banda. Não tem ninguém acima deles [Rolling Stones] nesta pirâmide, e não existe ninguém acima de Charlie nesta pirâmide.
Charlie Watts faleceu nesta terça-feira (24) aos 80 anos. A causa da morte não foi revelada, mas ele passou por um procedimento teoricamente bem-sucedido poucos dias antes de nos deixar.
LEIA TAMBÉM: The Rolling Stones confirma continuidade de turnê após morte de Charlie Watts