Nas últimas semanas, veio ao mundo o EP Carranca, segunda parte da trilogia que formará o álbum Eutrópica, da cantora e compositora baiana Andrezza Santos. A novidade conta com quatro faixas inéditas e tem coprodução da conterrânea Josyara.
O trabalho é todo voltado à cultura local da região do Vale do São Francisco, à mística do rio e à confluência da cultura/música baiana e pernambucana, já que o rio divide os estados de BA e PE. A presença de Josyara é justamente para mostrar a produção musical de Juazeiro, sendo ela natural da cidade e uma das novas artistas mais bem conceituadas em circulação nacional.
As quatro músicas que compõem Carranca revisitam a ciranda, o samba de coco, o xote, com alguma psicodelia e guitarras à la Novos Baianos. Andrezza Santos sabe dosar o uso de sua bela voz com coros e arranjos vocais bem equilibrados, sem forçar ou se estender muito.
O disco Eutrópica gira em torno dos deslocamentos que fazemos ao longo de nossas vidas (de cidades, amores, humores) e coloca como personagens, além da própria compositora, a cidade de São Paulo, Juazeiro e, em sua última parte, prevista para Novembro deste ano, o mar.
Lívia Mendes
A cantora e compositora paraense Lívia Mendes vem celebrar o amor entre duas mulheres no single “Morada”, que ganhou um videoclipe dirigido pela atriz e diretora Marcella Rica. A produção combina cenas filmadas da cantora com imagens de casais de mulheres da vida real.
O clipe traz momentos da vida de duas mulheres que estão juntas há algum tempo, além de cenas cotidianas que revelam uma relação de cuidado e carinho. A narrativa do filme também traz registros reais de pedidos de casamento homoafetivos entre mulheres, incluindo até mesmo o pedido da diretora Marcella para a atriz Vitória Strada.
Lívia conta que a intenção era fazer do clipe não só um retrato da sua realidade, como também um manifesto em prol da visibilidade bissexual e lésbica. Segundo a artista, a ideia para o vídeo nasceu praticamente ao mesmo tempo da música, como um complemento à letra.
Quis mostrar o relacionamento de mulheres reais, que se amam e se cuidam diariamente, morando juntas ou não. Em 2020 comecei a rabiscar um roteiro e, ao longo dos meses, a ideia foi mudando e tomando mais forma. Foi quando eu conheci a Marcella e, assim que contei a ideia pra ela, já começamos a falar sobre como esse roteiro poderia virar realidade e outros elementos foram surgindo.
O single conta com produção de Sapulha Campos, guitarrista da Plutão Já Foi Planeta, e distribuição da Agulha Produções.
Lori
A cantora ítalo-brasileira Lori fez sua estreia no pop brasileiro com o single “Popstar“, uma declaração de amor ao gênero que ela cresceu ouvindo. Com influências que passam por Kylie Minogue e Madonna, a artista investe em um videoclipe super produzido.
Segundo Lori, a canção “é a declaração mais pop” da sua carreira até hoje e a única maneira de “realizar a fantasia de ser uma popstar em pleno 2021” em meio ao nosso Brasil pandêmico.
É disso que esse clipe e música tratam: de viver num sonho, levar essa vida de popstar e assumir essa imagem tão desejada. De alguma maneira se sentir assim, e finalmente se ver assim. Sabe aquela expressão ‘fake it till you make it’ [‘finja até você conseguir’, em tradução livre]?
O sonho de ser uma estrela do pop existe em Lori desde a infância. Essa ligação entre o passado e o futuro é o ponto de partida de “Popstar”, que exibe um trecho da participação da cantora, aos 6 anos de idade, no programa infantil L’angolo delle Chiacchiere, do canal catalão SUPER3. Este retorno às raízes também aparece no trecho da canção cantado em italiano, quase como se a artista nos lembrasse do berço do renascimento das artes e, agora, também do renascimento da sua carreira no pop.
“Popstar” é uma composição de Lori com produção de Gabriel Nascimento e inaugura a sua parceria com a PWR Records, selo e produtora musical focado na promoção de discursos femininos na música. O roteiro, a direção e a produção do clipe ficaram por conta de Clarissa Celori.