Sete anos após o aclamado Encarnado, Juçara Marçal está de volta com seu segundo álbum solo. A cantora lançou recentemente o disco Delta Estácio Blues.
Na obra, a artista aborda temas que a representam enquanto mulher negra no Brasil atual tais como como racismo, negritude, feminino e ancestralidade.
O registro tem produção musical de Kiko Dinucci e traz forte presença de Juçara como compositora em todas as etapas e processos de criação.
Novo Disco de Juçara Marçal
A artista participou ativamente das colagens eletrônicas que levaram às bases das músicas; letras, melodias, parcerias e poesias; nas variações e investigações que realiza sobre o próprio canto e voz.
A intenção aqui é explorar a música eletrônica fora dos clichês e gêneros já conhecidos, propondo novos cenários, investigações rítmicas e buscando um diálogo com o pop, sem deixar de lado a inquietude e a ligação estreita com a música brasileira.
O trabalho traz parcerias de composição com Tulipa Ruiz, Siba, Rodrigo Campos, Maria Beraldo e Douglas Germano, além de participação de Catatau na faixa que assinam juntos. Ogi compôs o single “Crash”.
O disco ainda conta com uma releitura de “La femme à barbe”, de Brigitte Fontaine e Jacques Higelin.
Poder da Música
Ao ouvir o álbum é possível sentir o poder transformador da música de diversas formas.
De forma envolvente, o disco se conecta com o ouvinte tanto através do instrumental poderoso quanto por suas letras, em uma mistura de camadas e comunicações que não é fácil de se atingir com um lançamento como esse.
Aqui, é como se a cada audição você descobrisse novas nuances, timbres e passagens, fazendo da experiência auditiva uma verdadeira viagem como nós todos fazíamos ao voltar pra casa com um CD na mão após tanta expectativa para comprá-lo.
Delta Estácio Blues, um dos melhores discos do ano, já está disponível em todas as plataformas de streaming.
https://open.spotify.com/album/54Tpakfx5cDasE9X9EHOu3