Não é segredo para ninguém que Miley Cyrus é um dos maiores nomes do pop mundial, surpreendendo seus fãs a cada lançamento. Afinal, não à toa, ela é uma das headliners do Lollapalooza Brasil 2022.
A notícia também é boa porque significa que, pela primeira vez, os fãs brasileiros vão ter a oportunidade de contemplar presencialmente as canções de seu mais recente disco Plastic Hearts, lançado no fim de 2020 e voltado ao Rock And Roll.
Mas, como todo show de headliner, a apresentação da cantora no Lolla será repleta de hits de sua carreira. Veremos performances de canções de todas as suas fases, desde a época da Disney até os dias atuais.
E, diante disso, optamos por relembrar “Party In The U.S.A.“. Lançada em 2009 como parte do EP The Time Of Our Lives, a canção representa um divisor de águas na carreira de Miley.
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Separamos algumas curiosidades sobre a composição e o legado deste grande hit. Confira a listagem após o vídeo abaixo.
Continua após o vídeo
Dr. Luke
Lukasz Gottwald, mais conhecido como Dr. Luke, é um dos nomes mais controversos do mundo da música. Ao longo dos anos 2000, trabalhou com nomes como P!nk, Avril Lavigne e Kelly Clarkson. Ao final da década, começou a trabalhar com Miley Cyrus em sua nova fase. Ele assina a produção e parte da composição de “Party In The U.S.A.”.
A dupla trabalhou em parceria em mais outras três faixas: “The Time Of Our Lives” (2009), “Fall Down” (2013), canção de will.i.am com participação de Miley) e no também grande hit “Wrecking Ball” (2013).
Por volta de 2016, quando Kesha e Dr. Luke foram ao tribunal por conta de declarações de abusos sexuais e emocionais por parte do produtor, Miley Cyrus, assim como diversas outras cantoras, deram suporte à colega de profissão.
Vacilou, Jessie
Cerca de dois anos após o lançamento de “Party In The U.S.A.”, a britânica Jessie J lançou Who You Are, seu elogiadíssimo disco de estreia. O processo de elaboração do disco, nos anos anteriores, contou com a contribuição dos produtores e compositores Dr. Luke e Claude Kelly, que também trabalhavam com Miley na época.
Acontece que a intenção oficial da dupla era oferecer a canção para Jessie. A cantora, no entanto, optou por não gravar, alegando que era uma canção não tão provocativa em termos pop quanto ela queria. Dr. Luke, logo depois, ofereceu para Miley a composição, que entrou no repertório de seu EP The Time Of Our Lives. A versão final contém algumas adaptações trabalhadas por Kelly e Jessie para casar melhor com o estilo musical de Miley e também para servir como tema de uma campanha de moda.
De fato, hoje é difícil imaginar a britânica contando “Party In The U.S.A.” (conceitos geográficos à parte). Consegue imaginar?
Jay-Who?!?
Em sua versão final, esse “novo hino nacional” cita dois artistas influentes para a época: Britney Spears e Jay-Z. Curiosamente, em uma semana específica em 2009, Miley e os dois citados ficaram enfileirados em posições elevadas da Hot 100 da Billboard. Enquanto “Party In The U.S.A” ficou na terceira posição, a semana em questão também contemplou “Run This Town” (Jay-Z, Rihanna e Kanye West) na quarta e “3” (Britney) na quinta.
Questionada sobre a letra na época do lançamento da música, Miley assumiu ser fã do trabalho de Britney, mas o mesmo não pôde ser dito sobre Jay-Z. Basicamente, a cantora disse que, até aquela época, jamais havia escutado uma música do renomado rapper e produtor musical.
“Grease”?
Um espetáculo à parte, o clipe de “Party In The U.S.A.” também ficou bem famoso. As ideias partiram da própria Miley, que queria fazer uma homenagem a “Grease” (1978), um de seus filmes favoritos. A inspiração principal para as cenas, por sinal, foi a cena em que Danny Zuko (personagem de John Travolta) canta “Sandy“.
Ao mesmo tempo, a cantora quis trazer uma estética nostálgica para seus pais, que na época apenas namoravam. Alguns elementos do vídeo mostram isso, como o nome do cinema drive-in e o modelo do carro em que Miley se encontra. Que fofura, né?
O responsável pela direção do clipe foi Chris Applebaum. O famoso diretor também tem em seu currículo vídeos notáveis, como os de “Numb” (Linkin Park), “Stacy’s Mom” (Fountains of Wayne) e “Umbrella” (Rihanna).
Quase no topo
Não restam dúvidas de que “Party In The U.S.A.” é o maior sucesso de Miley nas plataformas de streaming, mas sabia que esse hit não é sua melhor performance nos olhos da Billboard?
Se olharmos para o histórico da Hot 100, a mais respeitada parada musical do mundo, o maior sucesso da cantora é “Wrecking Ball“, canção que veio ao mundo quatro anos depois. “Party” alcançou sua melhor colocação na parada em Agosto de 2009, mas ficou em #2. Quem não deu passagem para a ex-Disney foi o grupo Black Eyed Peas, que na época quebrava recordes e mais recordes com “I Gotta Feeling“. Mas é claro que isso não tira o mérito comercial desse grande hit.
Agora, se é a melhor música da Miley ou não, aí é outra história. Afinal, muita gente (fãs) não a curtem tanto assim.
Brega e enjoativa?
Em 2014, o canal WatchMojo, famoso por listas de diversos assuntos que englobam a cultura pop, colocou “Party In The U.S.A.” como a nona música mais odiada da história. Também estão na lista hits como “Axel F” (Crazy Frog), “Friday” (Rebecca Black) e “Baby” (Justin Bieber).
Na narração, a música é chamada de brega e de enjoativa”. Também é dito que “é um pouco de tudo e muito de nada”, insinuando que os vários elementos musicais fazem com que essa seja uma música sem um objetivo claro.
Concorda?