Música

3 Lançamentos para ficar de olho: Pedro de Aguiar, Vanessa Bumagny e Matheus Who

Separamos três novidades do cenário nacional para você conhecer e acompanhar!

Foto por Thomas Loran
Foto por Thomas Loran

O músico e compositor Pedro de Aguiar, baixista da banda The Lopine, faz sua estreia solo com o ótimo single “Eu Não Quero Ser Mais Um“. Uma música envolvente e alegre produzida durante o período de isolamento, que chega agora com ar de alívio para tempos melhores.

O som pop com toques de samba surgiu em um momento reflexivo do artista sobre o seu futuro, afirmando que a história e rumo de sua vida não poderia ser normal. Durante a produção da faixa, Pedro transformou o seu quarto em um home studio e todos os instrumentos foram gravados somente por ele.

A faixa se encontra disponível nas principais plataformas de streaming e contou com a mixagem e masterização do sound designer Guigo Berger, que já trabalhou com artistas como Gaby Amarantos, Marina Sena e Tuyo.

Pedro de Aguiar reside em Rio das Ostras/RJ e iniciou cedo a sua trajetória na música, com influência e apoio da família. Seu jeito de compor possui inspiração em grandes artistas brasileiros e internacionais como João Gilberto, Cicero e José González. Pedro também busca trazer o frescor e a leveza encontrados em Jorge Ben Jor e Marina Sena.

Vanessa Bumagny

Vanessa Bumagny
Foto por Vanessa Curci

Com 30 anos de carreira, a cantora e compositora paulistana Vanessa Bumagny embarca em uma nova fase com Cinema Apocalipse, o seu quarto álbum de estúdio. O disco, que chega embalado pelo clima dançante, estreou nas plataformas no último dia 28 de Janeiro.

Repleto de grandes colaborações, o registro reúne 10 faixas, incluindo o poema “Lady Lazarus“, originalmente de Sylvia Plath, musicado por Vanessa. Quem assina a produção é Rafael Castro, selando ainda mais uma parceria iniciada em 2019, quando o produtor e músico pediu uma canção de Bumagny para produzir e incluir em seu disco, conta a artista.

Levei minha parceria com o Luiz Tatit em ‘Quem Ama Sofre’, e gostei tanto do resultado que resolvi ficar com ela pra mim, não sem antes negociar com o Rafa e prometer que daria outra canção pra ele. Eu já estava procurando um produtor pra fazer um disco novo e naquele momento senti que tinha encontrado.

Ao lado de Rafael Castro, Vanessa Bumagny foi construindo o disco durante a pandemia, em meio a muitos dos sentimentos vividos neste momento atípico, incerto e desafiador. Logo no início de sua audição, Cinema Apocalipse ecoa “Tudo Está Bem”, uma canção que celebra a reabertura gradual da vida em sociedade, a sobrevivência e a vida.

Além da parceria com Luiz Tatit (“Quem Ama Sofre“), o álbum traz participação especial de Fernanda Takai (“A Ousadia“), Zeca Baleiro e Chico César (“Cinema Ilusão“). É, de modo geral, um disco que vai dos anseios coletivos aos desejos íntimos, resistindo sem perder a ternura. São músicas para embalar o apocalipse, sob o desejo pulsante de Vanessa, com o qual qualquer um é capaz de se identificar.

Matheus Who

Matheus Who
Foto: Divulgação

No ano passado, Matheus Who fez sua excelente estreia com o álbum A Dobra no Espaço-tempo, potencializando o seu destaque na cena bedroom pop nacional. O trabalho foi bem recebido pelo público, pela imprensa e figurou em listas de melhores do ano — inclusive aqui no TMDQA!, entre os nossos 50 Melhores Discos Nacionais de 2021.

Cantor, compositor e guitarrista, o artista agora resolveu atender a um pedido constante de fãs e amigos: gravar uma cover. A música escolhida para a ocasião, no entanto, foi bastante inesperada. Trata-se de “Pé na Areia”, composição e sucesso de Diogo Nogueira.

Achei que seria muito engraçado cantar um samba, queria saber qual seria a reação das pessoas quando elas ouvissem essa versão.

Engana-se quem pensa que a conexão de Matheus com o samba é de agora.

Ele revela que o estilo sempre esteve presente como uma de suas influências, dividindo espaço com o indie rock internacional, pop e a MPB na lista de principais referências no processo de compor e cantar em português. O cantor explica que o jeito como os compositores usavam as palavras sempre o fascinou:

Essa música é muito bonita, acho tudo nela tão perfeito… desde a composição até a forma como ela se conecta com as pessoas que escutam. Essa conexão com o público é algo que sempre tento trazer para as minhas composições.

Matheus é um dos raros cariocas que não gosta de ir à praia. Mesmo morando pertinho do mar, esse não é um de seus passeios favoritos. Em busca de um roteiro descontraído, ele tira a guitarra do quarto e vai botar os próprios pés nas areias da Praia Vermelha, localizada no charmoso bairro da Urca, no Rio de Janeiro, para ilustrar em um visualizer a sua versão mais praieira possível.

Guilherme Baptista assina a direção do vídeo e a obra conta ainda com produção de Laura Aguiar, direção de arte de Larissa Kaori e edição do próprio Matheus. O artista assina também a produção, mix e master do single que soa como uma faixa-bônus de A Dobra no Espaço-tempo.