13 de maio de 2022 marca a chegada do grandioso Dance Fever, 5º disco de estúdio do grupo britânico Florence + The Machine, liderado pela incrível Florence Welch.
A obra apresenta 14 faixas no total e conta com a produção de Jack Antonoff e Dave Bayley, vocalista do famoso grupo Glass Animals.
Dance Fever foi antecipado por 4 ótimos singles: “King“, “Heaven Is Here”, “My Love“ e “Free“, mas vai muito além deles com as outras 11 faixas combinadas.
O conceito de Dance Fever
Florence trouxe para o álbum o conceito de coreomania, um fenômeno social que ocorreu na Europa da Idade Média e consistia em grupos de pessoas dançando de forma incontrolável e bizarra até atingirem um cansaço extremo.
A intenção talvez seja transmitir a ideia de libertação que a arte pode dar em contradição com as profundas ansiedades mundanas e particulares de Welch enquanto artista e mulher.
O termo, inclusive, nomeia “Choreomania“, terceira faixa do disco que possui melodia emocionante, mas uma mensagem inquieta. Logo antes, “King” e “Free” já introduzem a relação da cantora com a maternidade e ansiedade.
“Girls Against God” e “Dream Girl Evil” continuam trazendo esse conceito à vida com ar rebelde e libertador, que evolui para uma crise na intensa “Cassandra“, quando começa dizendo “Eu costumava ver o futuro e agora não vejo nada”:
Observe-me brilhar / Uma projeção de sua mãe / Mas não venha chorando / Eu não sou o centro moral de ninguém [Tradução de “Dream Girl Evil“]
Após o ápice, Florence continua intensa, mas agora se recupera da “crise” com a energia confiante e as melodias brutais que finalizam “Daffodil“. “My Love” vem logo em seguida para se consagrar como a faixa mais dançante do disco.
O álbum termina em melodias mais leves e lentas. As baladas “The Bomb” e “Morning Elvis” deixam um tom romântico e dramático, respectivamente, mostrando que Welch ainda sofre por amor e com a realidade de ser uma estrela pop.
Na última, a característica guitarra de Dave Bayley fica bastante evidente e então a obra se encerra, com Florence desabafando de forma catártica (“Mas se eu chegar ao palco / Eu vou te mostrar o que significa / Ser poupada”) e sendo seguida por gritos de fãs em um show.
Dance Fever
Intensidade sempre foi a essência por trás das obras de Florence Welch, assim como a vibe “conto de fadas” criada pelas melodias e elementos da mitologia grega em suas letras.
Isso certamente não mudou na era Dance Fever, mas não se engane: a obra está longe de ser mais do mesmo.
Com todos estes elementos essenciais, Welch te leva a uma viagem interna por ela mesma, passando por sentimentos profundos e extremamente íntimos que jamais havia elucidado de forma tão explícita em suas canções. É como se pudéssemos ver e sentir o mundo dentro da cantora e através dos olhos dela também.
Você pode escutar a obra incrível e pessoal de Florence + The Machine clicando no player abaixo!