As atitudes causadas por intolerância religiosa chegam a ser assustadoras.
A manicure Vivian Bruna Braes, de 38 anos de idade, foi atacada no último dia 23 de Abril por escutar músicas relacionadas a São Jorge e também ao orixá Exu no portão de sua casa em Macaé, no Rio de Janeiro.
Como descreve o UOL, Vivian relatou em entrevista ao Universa que, quando foi a um bar junto com seu marido naquele mesmo dia, eles escutaram reclamações de um vizinho que não queria ouvir “música de macumba”.
Mais tarde, o mesmo homem voltou ao bar com um facão e apontou o objeto para eles. Na tentativa de defender o marido, a manicure acabou sendo atingida no rosto e, ao ser levada para o hospital, precisou retirar seu olho direito.
Um inquérito foi aberto na Polícia Civil para apurar o caso mas, por enquanto, não há informações sobre uma condenação ao autor da facada.
Intolerância religiosa
Ainda segundo o site, no Rio de Janeiro, a polícia registrou no ano passado 1564 ocorrências que envolviam crimes de ódio e intolerância religiosa. O número representa um aumento de 13,3% em relação a 2020, de acordo com o Instituto de Segurança Público estadual.
Vale destacar que as religiões de matrizes africanas, como o candomblé e a umbanda, foram as que mais sofreram ataques.
Intolerância religiosa é crime e prevê pena de um mês a um ano ou multa dependendo do seu nível. Se ocorreu violência, a pena é aumentada em um terço.