Música

Roger Waters traz mensagens fortes sobre violência policial, aborto e transfobia em nova turnê

Nas primeiras datas da "This Is Not a Drill Tour", Roger Waters mandou a real sobre várias situações políticas e sociais bastante delicadas. Saiba mais.

Roger Waters no Maracanã
Foto por Diego Castanho

Como o nome da nova turnê indica, Roger Waters não está em ritmo de treino ou de simulação. Nas três primeiras datas da “This Is Not a Drill Tour”, o músico mandou a real sobre várias situações políticas e sociais bastante delicadas que estão acontecendo ao redor do mundo.

Nos shows de Pittsburgh, nos Estados Unidos, e em Toronto, no Canadá, Waters tocou simplesmente 20 clássicos do Pink Floyd, incluindo “Comfortably Numb” e “Wish You Were Here”, além de músicas da carreira solo.

Mas o destaque do espetáculo ficou para as mensagens exibidas no telão, que abordaram temas como brutalidade policial, direito ao aborto, transfobia e as guerras em andamento. Vale lembrar que a turnê deveria ter começado em 2020, mas foi adiada pela pandemia.

Roger Waters tem muito a dizer em nova turnê

Depois de exibir o texto “Se você ama Pink Floyd, mas não suporta as mensagens políticas, seria bom pra você cair fora agora”, a banda começa o show.

Logo no início, a música “The Powers That Be” é acompanhada por imagens de pessoas assassinadas pela polícia. Em Pittsburgh, a principal homenagem foi para o jovem Antwon Rose Jr., de 17 anos, que foi morto naquela cidade em 2018 (via Consequence).

Antes de tocar a primeira música inédita do setlist, chamada “The Bar”, Roger Waters explica que a letra fala sobre “um mundo dos sonhos onde as pessoas podem ser suas melhores versões, se unir e se conectar” (assista à performance abaixo).

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Como de costume com o ex-Pink Floyd, a estrutura da turnê é gigantesca. A plateia fica de frente para uma enorme cruz centralizada no palco, que faz ligação com uma passarela que segue por quatro direções.

Roger Waters reserva um dos momentos mais impactantes do show para a última música, quando se senta ao teclado e os telões são preenchidos apenas com o rosto do vocalista.

No final da música “Sad Old Lady”, toda a banda se alinha no palco e começa a marchar para fora. As câmeras acompanham o grupo até o backstage, quando a filmagem se encerra e as luzes do estádio acendem de uma vez.

Turnê continua pela América do Norte

A “This Is Not a Drill Tour” já tem datas anunciadas até outubro, passando por várias cidades nos Estados Unidos, Canadá e México. Será que veremos o homem por aqui ainda este ano?