Estudo diz que novos lançamentos estão perdendo espaço para músicas antigas

Um novo relatório mostra que lançamentos mais recentes estão perdendo espaço para o consumo de músicas mais antigas. Saiba mais.

Mulher ouvindo música em fones de ouvido
Foto de música via Shutterstock

Com o sucesso alcançado nos últimos meses por clássicos dos anos 80 de Kate Bush e Metallica depois que suas faixas apareceram em Stranger Things, muitas pessoas vêm refletindo se a música antiga estaria tomando o lugar dos novos lançamentos.

Um novo estudo de negócios da música, curiosamente, mostra que sim. De acordo com ele, o consumo de faixas mais recentes está diminuindo enquanto canções antigas estão ganhando mais força.

A Music Business Worldwide (via Stereogum) relata que um novo relatório semestral da Luminate, monitor de mercado antes conhecido como MRC Data/Nielsen Music, apresenta a análise de uma métrica chamada consumo total de álbuns, que inclui streams, downloads e vendas de músicas em formato digital e físico.

Segundo o estudo, o consumo de novas músicas — definido como qualquer lançamento dos últimos 18 meses — caiu 1,4%, ou cerca de dois milhões de vendas equivalentes de álbuns, quando comparada com os primeiros seis meses de 2021, quando o consumo total de álbuns subiu 9,3%. Logo, entende-se que não é apenas a participação de mercado de música nova que está caindo, mas sim o consumo real do material.

Já o consumo de música de catálogo, descrito como o de qualquer música lançada há mais de 18 meses, está tendo uma repercussão bastante positiva e cresceu 14% em relação ao ano passado.

Até este momento, em 2022, a música de catálogo está representando 72,4% do mercado, em comparação com 27,6% das músicas mais recentes. Mesmo com lançamentos de artistas de peso como Kendrick Lamar, Drake e The Weeknd, os novos materiais não estão causando o mesmo nível de impacto cultural.

Novos lançamentos perdendo espaço para músicas antigas

Apesar dos resultados explicitados acima, é preciso levar em conta alguns outros fatores que devem ser considerados para a pesquisa.

O estudo aponta, por exemplo, que muitas das músicas antigas que estão tendo um bom retorno não são tão antigas assim. Mais de um terço desse consumo de catálogo vem de músicas lançadas entre 2017 e 2019.

Além disso, é importante destacar que o streaming oferece a chance de ver o que de fato as pessoas estão ouvindo, e não apenas o que elas compram. Na era pré-streaming, os coletores de dados não eram capazes de afirmar se você estava apenas ouvindo os discos antigos que já possuía ou não.

Apesar da música antiga sempre ter sido muito popular, com a coletânea 1, lançada pelos Beatles em 2000, sendo o disco mais vendido do século 21, é interessante saber que o consumo de materiais nostálgicos está superando os novos lançamentos. E você, o que tem consumido mais?