Apesar de não ser tão conhecido no Brasil, o Grateful Dead é uma das bandas mais importantes da história do Rock e tinha em Jerry Garcia o seu líder, que se transformou em uma verdadeira lenda com o tempo.
Para além da música em si, o grupo foi muito influente na cultura americana por sua relação com drogas, estando sempre ligada à cena Hippie e ao crescente uso de LSD e, claro, maconha. Uma prova muito grande disso acaba de aparecer na Rolling Stone dos EUA, que fez um especial sobre o achado de um cachimbo de Garcia.
Não estamos falando de qualquer cachimbo, é claro. O pipe em questão foi feito por Owsley Stanley, um dos pioneiros da confecção recreativa de LSD (e também engenheiro de som do Grateful Dead), sob medida para Jerry Garcia — como você pode ver pela foto acima, a peça é belíssima e cheia de detalhes.
Cachimbo de Jerry Garcia é encontrado após décadas
O outro fator importante para a valorização dessa descoberta é o fato de que o cachimbo ficou desaparecido por décadas. E, curiosamente, foi encontrado em um lugar pra lá de inusitado: atrás de uma cama na casa de Merl Saunders, ex-tecladista do Grateful Dead.
Quem o encontrou foi Merl Saunders Jr., filho do músico que faleceu em 2008. Logo após a morte do pai, Merl encontrou o objeto e o manteve guardado por cerca de uma década até negociá-lo com Steve Cabella, um historiador de arte que explica por que o item é tão especial:
Eu já comprei cachimbos de festa de pessoas do Rock antes. Eles são só coisinhas engraçadas; não têm nenhuma história por trás. Nenhuma história perdida, nenhuma conexão perdida. Esse é um objeto diferente. Meio que é o ‘santo Graal’ de várias formas, porque, obviamente, quando [o Jerry] estava fumando esse cachimbo ele estava fazendo música na época e era daqui que ele pegava todo esse espírito — toda a criatividade.
Cabella afirma ter gastado praticamente todo seu orçamento para adquirir a peça, mas não mostra nenhum arrependimento — e nenhuma vontade de vendê-lo. Segundo o historiador, o cachimbo até hoje tem cheiro de “drogas queimadas” e a questão, para ele, é não querer que ninguém mais use o pipe. “Esse era o trabalho do Jerry”, afirma.
Justo?