Saudoso vocalista da Nação Zumbi, o talentoso Chico Science, antes de morrer em 1997, aos 30 anos, tinha o hábito de escrever pensamentos e versos relacionados à sua arte em blocos de notas de papel.
Desde o início da semana, estes registros estão disponíveis através de um acervo digital inédito para marcar o que seria o 57º aniversário do artista em 13 de Março. Maria Goretti de França, irmã de Chico e responsável pela produção executiva da ação, comentou (via Noize):
Chico tinha o hábito de acompanhar-se sempre de um caderninho, caderneta, bloco de notas, onde vida afora foi registrando suas ideias, escrevendo cartas, compondo músicas, anotando os seus pasmos com o belo e suas indignações com o mal.
O material pode ser encontrado no site oficial do acervo, reunido nove anos atrás por Maria com o auxílio de Louise França, filha de Chico, e Sonaly Macedo, amiga do cantor. As três assinam a curadoria do projeto que carrega a missão de preservar a identidade do músico.
Ao total, são 27 cadernos, que não possuem uma ordem cronológica, e apenas sete foram disponibilizados até agora. “Dá para brincar de detetive com os cadernos. Não temos certeza do ano de cada um, mas se você prestar atenção vai encontrar várias pistas,” afirmou Louise.
A cada três meses, a plataforma será atualizada com a publicação de outros sete blocos de notas. Que demais!
A arte de Chico Science
Além dos cadernos, devem ser publicadas no site mais de 100 folhas avulsas escritas por Chico. “Vamos entregar em doses homeopáticas, disponibilizando mais conteúdo, mais poesia, mais Chico, mais Chiquinho, mais Science,” finalizou Maria.
Chico Science foi morto em um acidente de trânsito e foi um dos precursores do movimento manguebeat. Com a Nação Zumbi, o músico gravou os clássicos álbuns Da Lama ao Caos (1994) e Afrociberdelia (1996).
Acesse o acervo digital clicando aqui.
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