O rapper T-Pain é bastante conhecido por seus hits que fazem forte uso do autotune, tecnologia de produção que serve para afinar a voz e cria um efeito único quando usada de forma exagerada. Mas, nos últimos anos, ele tem mostrado que seu potencial artístico vai muito além disso.
Para ser justo, T-Pain sempre disse que usar autotune é apenas um recurso artístico para ele e não uma necessidade — justamente por isso, na sua visão, teve tanto sucesso com a tecnologia. De fato, é preciso saber cantar normalmente para que o autotune tenha o efeito desejado, em especial dentro do que o rapper costuma fazer.
Prova de sua grande capacidade vocal veio nos últimos anos com o reality show The Masked Singer. Vestido de Monstro, T-Pain foi o vencedor da primeira edição do programa nos EUA, superando nomes como Gladys Knight e Donny Osmond.
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T-Pain e a versão espetacular de “War Pigs”, do Black Sabbath
https://www.youtube.com/watch?v=LyKk0-PL1UU
Se havia alguma dúvida ainda sobre a qualidade vocal do rapper, toda ela foi por água abaixo com a chegada do disco On Top of the Covers. Apesar da capa divertida, o trabalho de estúdio traz versões absolutamente sensacionais para músicas famosas, incluindo a improvável “War Pigs”, do Black Sabbath.
Quando foi anunciada, a cover se tornou piada: o que o cantor de “I’m On a Boat”, “Bartender” e outros hits iria fazer com uma canção tão clássica do Heavy Metal? A resposta é simples e direta: uma das melhores interpretações da faixa em todos os tempos.
Incorporando elementos do Soul e do R&B à voz, T-Pain abandona a estética autotune que o consagrou e solta a voz para uma performance que pode ser definida no mínimo como espetacular. Em meio a isso, ainda consegue introduzir novos elementos na faixa, incluindo um teclado que casa muito bem com toda a atmosfera criada e até novos solos e frases durante a canção.
Ouça abaixo e tire suas próprias conclusões!
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On Top of the Covers
Além de “War Pigs”, o novo álbum de T-Pain tem versões para outros clássicos como “Don’t Stop Believin'”, do Journey, e “Stay with Me”, de Sam Smith.
Em ambas, assim como no restante do disco, ele mostra um trabalho primoroso de reinterpretação e acerta em cheio até mesmo quando retoma alguns detalhes com autotune, provando de uma vez por todas a sua afirmação de que se trata de um recurso artístico muito bem utilizado.
Você pode conferir On Top of the Covers na íntegra logo abaixo.