Tame Impala aposta em energia do público e mostra maturidade de headliner no Lollapalooza Brasil

Deu tudo certo! Depois da tensão de saber se Kevin Parker traria o Tame Impala para o Lollapalooza Brasil ou não após sofrer uma fratura, o cantor mostrou que quem tem fãs, tem tudo.

Assim como fez no México, Argentina e Chile, o artista começou o show da noite deste sábado (25) em pé e interagindo bastante com o público, apostando na energia da plateia para compensar sua falta de mobilidade.

Depois, Parker revezou momentos sentado com sua guitarra, e até arriscou alguns riffs em pé com ajuda de muletas. Não se sabe se a questão médica foi o motivo, mas o grupo autorizou apenas as três primeiras músicas na transmissão oficial pela televisão brasileira.

Foi a quinta apresentação do Tame Impala no Brasil, e a primeira desde 2016. Nesse intervalo, a banda lançou The Slow Rush (2020), e este show em São Paulo foi justamente a última parada da turnê do disco.

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A “linha do tempo” do Tame Impala

“Lost in Yesterday” e “Borderline“ também foram destaques do álbum mais recente no show. E como não podia ser diferente se tratando de uma banda de Rock Psicodélico, o telão roubou a cena, incluindo projeções de uma enfermeira que oferece a “pílula do tempo”, temática da nova fase da banda australiana.

Mas é claro que o show abriu espaço para as preferidas dos fãs de discos anteriores, como “Let It Happen”, “Feels Like We Only Go Backwards” e a apoteótica “The Less I Know the Better” para fechar o show. Ainda sobrou espaço para a surpresa “Alter Ego”, que foi pedida pelos fãs brasileiros na internet e incluída especialmente por aqui depois que a música foi parar até nos charts novamente.

Essa “linha do tempo” da apresentação acabou formando uma narrativa da transição de Kevin Parker – de um compositor tímido para um performer completo. Enquanto Innerspeaker (2010), por exemplo, tratava do desejo pelo estrelato, The Slow Rush fala de questões de saúde e existenciais.

Ou seja, Kevin Parker e companhia mostraram a maturidade que os levou a serem headliners dos principais festivais do planeta. Aqui, eles tocaram antes do Twenty One Pilots, mas deram o tom de uma noite que valeu o ingresso.