Universal Music faz aposta estratégica no Afrobeats e compra Mavin Records

rema afrobeats

O Universal Music Group (UMG) pode não estar em todos os planetas do universo, mas segue buscando expandir seus domínios por cada canto da Terra. Prova disso é a recente aquisição da gravadora Mavin Records, expoente do Afrobeats da Nigéria para o mundo.

Com o movimento ousado, a Universal Music mostra que o gênero cresce o suficiente para investir na música africana, mesmo em um momento em que busca reduzir seus custos de operação.

O acordo está aguardando aprovação regulatória. A compra é estratégica, já que a Mavin Global é reconhecida por lançar talentos como as estrelas do Afrobeats Ayra Starr e Rema e é elogiada por sua contribuição para o sucesso do gênero. Agora, o selo estará sob o vasto guarda-chuvas da Universal Music e seu potencial se torna ainda mais amplo.

Crescimento do Afrobeats chama atenção

Não é à toa que a UMG quer garantir suas “ações” nesse mercado. O termo Afrobeats veio a denominar boa parte da música pop produzida pelas nações africanas, caracterizada pela fusão de elementos de sons locais tradicionais com influências contemporâneas, como o hip-hop, o reggae e o dancehall.

Com batidas e letras envolventes e uma energia contagiante, o gênero se tornou uma força global a partir de países como Gana, Costa do Marfim e Camarões, além da própria Nigéria. Com isso, vem passando por um crescimento exponencial nos últimos anos, se tornando um dos “nichos” musicais mais populares do mundo. 

No Spotify, o número de streams de músicas do estilo aumentou 400% entre 2017 e 2022; na Apple Music, é ainda mais impressionante: 800% entre 2018 e 2023, e no ano passado o Afrobeats entrou no top 10 dos gêneros mais ouvidos em mais de 50 países. Em 2023, 3 álbuns de Afrobeats alcançaram o topo da parada Billboard 200. Seus artistas estão no line-up de festivais como Coachella, Glastonbury e Primavera Sound. A indústria do Afrobeats vale mais de $5 bilhões e espera-se que alcance $10 bilhões até 2025.

Estes números demonstram que o Afrobeats é um gênero em ascensão com um grande potencial de crescimento. Como boa apostadora do mercado da música, a UMG está posicionada de forma estratégica para se beneficiar desse crescimento com sua recente aquisição.