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Andreas Kisser diz que ideia de encerrar o Sepultura surgiu há dois anos e revela quem "assinou embaixo"

Andreas Kisser, guitarrista e líder do Sepultura, compartilha detalhes em nova entrevista sobre a decisão de encerrar as atividades da banda. Saiba mais.

Andreas Kisser com o Sepultura no Rock In Rio 2019
Foto por Marta Ayora / TMDQA!

O anúncio do fim do Sepultura pegou muitos fãs de surpresa e deixou muitos curiosos sobre as motivações que levaram o grupo a tomar esta decisão. Recentemente, Andreas Kisser, guitarrista e líder da lendária banda de Metal, compartilhou alguns detalhes sobre como iniciou a conversa que resultou no encerramento das atividades da banda brasileira.

Em participação no programa Rockast, ele disse:

Estamos acabando nos nossos termos e tranquilos com isso. Não podia ser o momento mais oportuno. Eu comecei a conversar com as pessoas envolvidas em tudo. Primeiro, a minha família. A Patrícia já sabia desse projeto há dois anos. Conversei com meus filhos, com a banda e com os managers.

Tudo individualmente e em tempos diferentes para jogar a ideia, colocar meus argumentos e todos concordaram. Todos assinaram embaixo, vamos dizer assim. A princípio, é esquisito parar no nosso melhor momento, mas é justamente por isso. Queremos parar bem e curtir o momento ao invés de ser um escravo do momento. Meus argumentos convenceram a todos e entramos juntos nessa.

Faz sentido, né?

Andreas Kisser e o fim do Sepultura

Em outra ocasião, Kisser já havia comentado anteriormente que o fato do Sepultura estar no auge foi um dos motivos para a banda colocar um ponto final no grupo:

[…] nada melhor do que fazer uma decisão consciente como essa e não ser consequência de uma situação onde a gente não tem controle e tem que acabar, por exemplo, com outras possibilidades.

Andreas Kisser também falou sobre a ideia da banda de gravar um disco ao vivo com 40 músicas ao longo de sua turnê global de despedida, Celebrating Life Through Death:

Faz todo sentido a gente gravar um disco ao vivo agora, a gente tá muito afiado, tocando muito bem, em tudo quanto é tipo de situação, então faz todo o sentido colocar tudo isso junto, e eu comecei a conversar, primeiro comigo mesmo (risos), e depois com a banda, com os empresários, com a minha família, falar de possibilidades, e com todo mundo que eu falava as coisas faziam sentido.

Obviamente é estranho você falar: ‘Pô, tá no melhor momento e vai parar?’ Mas é isso mesmo, é justamente por isso, não ser vítima de uma situação onde você não tem o controle de continuar como você quer, ou fazer coisas, enfim, acho que é um momento muito especial, um privilégio, de ter essa condição, de parar dessa maneira.

Você pode conferir o papo na íntegra logo abaixo.

Reunião com irmãos Cavalera é uma possibilidade

Na mesma entrevista, o guitarrista comentou sobre a possibilidade dos irmãos Max e Iggor Cavalera, fundadores do Sepultura, serem convidados para algum show de turnê.

Apesar de não ter garantido a presença, o músico levantou a possibilidade e ainda sugeriu que todos os ex-integrantes da banda poderiam fazer parte do último show da turnê.

A turnê Celebrating Life Through Death teve início na última sexta-feira, 1º de Março, em Belo Horizonte, e foi marcada pela estreia do baterista Greyson Nekrutman, que substituiu Eloy Casagrande. Saiba mais detalhes aqui.