Entendendo a música como um forte meio de expressão, a história é marcada por diversas artistas que utilizam suas vozes e influências para gerar debates e reflexões em torno do papel da mulher na sociedade.
O Dia Internacional da Mulher é celebrado desde a década de 70 no dia 8 de Março e há muito tempo deixou de ser apenas uma data para presentear mulheres com flores e mensagens bonitas, passando a ser um momento para intensificar os olhares para os direitos e lutas femininas que devem ser relembrados todos os dias.
A força feminina e os diversos temas acerca da luta pela igualdade de direitos das mulheres já foram muitas vezes abordados em trabalhos de cantoras incríveis, tanto nacionais como internacionais, que não têm medo de expor suas opiniões e que fazem questão de tratar o empoderamento como um assunto de destaque.
Para relembrar algumas dessas obras e celebrar o Dia da Mulher, separamos a seguir uma lista com 10 músicas que se tornaram verdadeiros hinos feministas. Confira!
10 hinos feministas para celebrar o dia da mulher
No Doubt – “Just A Girl” (1995)
A música “Just A Girl”, lançada pelo No Doubt em 1995, se tornou um hino de empoderamento feminino e ao mesmo tempo uma crítica social ao mostrar a vocalista Gwen Stefani refletindo de forma irônica sobre a frustração do papel que lhe foi atribuído simplesmente por ser uma mulher.
A letra também fala sobre a insegurança e o medo que as mulheres acabam enfrentando em lugares públicos, destacando a luta contra a violência e o assédio sofrido por muitas mulheres.
Bikini Kill – “Rebel Girl” (1992)
Sendo considerada um verdadeiro ícone do movimento Riot Grrrl, a banda Punk Bikini Kill obviamente nos entregou uma das músicas símbolo do empoderamento feminino.
O quarteto composto apenas por mulheres aponta na letra de “Rebel Girl”, hit de 1992, que uma garota rebelde é uma importante influência e apresenta uma mensagem de sororidade, destacando os lados positivos de alianças femininas contra normas opressivas.
Destiny’s Child – “Independent Women, Pt. 1” (2000)
A faixa “Independent Women, Pt. 1”, do Destiny’s Child, se tornou um marco na cultura pop e um dos grandes hits dos anos 2000.
Na música, Beyoncé, Kelly Rowland e Michelle Williams declamaram uma espécie de manifesto feminista onde falam sobre autossuficência e incentivam as mulheres a serem donas de suas próprias escolhas financeiras e a viverem sem depender de um parceiro.
Aretha Franklin – “Respect” (1967)
Uma faixa que se tornou um marco entre movimentos feministas foi “Respect”, lançada pela icônica Aretha Franklin em 1967.
A música foi lançada dois anos antes na voz de Otis Redding e abordava a história de um homem que estava sendo deixado de lado por uma mulher e que exigia respeito quando estivesse em casa.
A Rainha do Soul, então, decidiu fazer algumas modificações na letra, abordando a luta por igualdade e pedindo respeito e reconhecimento ao valor das mulheres.
Ariana Grande – “God is a Woman” (2018)
Através de sua música “God is a Woman”, lançada em 2018 no disco Sweetener, Ariana Grande compara as mulheres à divindade em uma canção que serve como uma declaração de empoderamento feminino e sexualidade.
A artista aborda temas como controle e liberdade sexual e enfatiza a importância das mulheres terem autonomia e autoexpressão em um mundo que até hoje é muitas vezes dominado por perspectivas masculinas.
Elza Soares – “Maria da Vila Matilde” (2015)
A lendária e saudosa Elza Soares deixou um legado importantíssimo para o movimento feminista na música.
Um dos exemplos foi a faixa “Maria da Vila Matilde”, lançada no disco A Mulher do Fim do Mundo de 2015, que representa uma homenagem à luta e resistência das mulheres contra a violência doméstica.
Com o poderoso verso “Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim”, a artista incentiva as mulheres a buscarem ajuda e não se calarem diante de situações de agressão e abuso.
Rita Lee – “Todas as Mulheres do Mundo” (1993)
Em 1993, a também saudosa e icônica Rita Lee incluiu em seu disco homônimo a faixa “Todas as Mulheres do Mundo”, fazendo uma importante referência à diversidade e à valorização da individualidade de cada mulher.
Na canção, que representa um hino à liberdade feminina, a artista cita uma série de celebridades femininas que marcaram a cultura brasileira como Leila Diniz, Dercy Gonçalves, Hebe Camargo e tantas outras e fala sobre suas contribuições e características.
Against Me! – “True Trans Soul Rebel” (2014)
A luta das mulheres trans não pode ser invisibilizada, e quem escreveu muito bem sobre isso foi a ótima Laura Jane Grace com seu Against Me!.
Em “True Trans Soul Rebel”, música quase autobiográfica que fala sobre seu processo de transição e ganhou até uma versão com Miley Cyrus, a cantora questiona a possibilidade de ser amada enquanto mulher transsexual.
Além disso, versos da ponte da música também trazem reflexões sobre o fato de não ter nascido uma mulher cis, revelando algumas das frustrações que permeiam a vida de uma pessoa que realiza a transição de gênero como ela fez.
Francisco, El Hombre – “Triste, Louca ou Má” (2016)
Outro grande hino feminista nacional é a emocionante faixa “Triste, Louca ou Má”, lançada em 2016 pela banda Francisco, el Hombre e escrita e interpretada pela integrante Ju Strassacapa, também conhecida como LAZÚLI.
A música faz uma reflexão sobre a luta das mulheres que buscam se impor contra as expectativas sociais e aos padrões predefinidos e celebra a determinação das mesmas em resistir e redefinir o que significa ser mulher.
IZA – “Dona de Mim” (2018)
“Dona de Mim”, faixa-título do disco de estreia de Iza, lançado em 2018, apresenta uma mensagem de empoderamento e autoafirmação das mulheres, abordando a luta cotidiana das mulheres em uma sociedade desigual.
Afirmando que todas são “donas de si”, a cantora convoca as mulheres a se unirem e se sentirem protagonistas de suas vidas. Além disso, aponta que mesmo com os obstáculos encontrados no caminho, as mulheres devem seguir em frente, acreditando em sua fé e em suas escolhas.