Tom Morello se tornou um dos maiores nomes da guitarra por conta de seu jeito único e inovador de tocar com o Rage Against the Machine e seus tantos outros projetos.
Hoje com 59 anos de idade, Tom teve seu primeiro contato com o Rock através de lendas do Hard Rock como Iron Maiden, Black Sabbath, Led Zeppelin, KISS e Alice Cooper, mas nas últimas décadas tem ampliado sua bagagem musical.
Em 2021, ao revelar à Spin (via Far Out) seus 5 discos preferidos, o icônico guitarrista mostra que tanto artistas novos como antigos de outros gêneros musicais passaram a integrar sua lista de influências.
Como você pode conferir a seguir, uma das obras citadas por Tom Morello pertence a Conor Oberst, vocalista da banda de indie rock Bright Eyes, que lançou um trabalho solo em 2016 em que aparece cantando e tocando violão, piano e gaita.
Outra escolha que também chama atenção na lista do guitarrista do RATM é uma obra da dupla australiana de dubstep Knife Party. O EP Rage Valley apresenta uma sonoridade que vai do Hard Rock ao eletrônico, com batidas pesadas.
Confira a seguir os comentários de Tom Morello sobre seus 5 discos favoritos!
Os 5 discos preferidos de Tom Morello
Peter Gabriel – 3
‘3’, de Peter Gabriel, é um álbum espetacular de tédio e desespero. ‘Games Without Frontiers’ é a faixa que atrai você com sua poesia brilhante e desconexa e guitarras igualmente desconexas e brilhantes de Robert Fripp. ‘Family Snapshot’ é uma novela silenciosa e aterrorizante de um assassino, e ‘Intruder’ é ainda mais assustadora do que isso. Phil Collins toca bateria neste disco, e Gabriel o proibiu de usar chimbais ou pratos em todo o disco, aumentando o tom sufocante.
E há também “Biko”, um dos maiores hinos de direitos humanos de todos os tempos sobre o martirizado dissidente sul-africano Stephen Biko. É uma canção que galvanizou o movimento global anti-apartheid e despertou em mim a percepção de que a música realmente poderia mudar o mundo.
Ozzy Osbourne – Blizzard of Ozz
Este é o álbum que lançou o virtuoso guitarrista Randy Rhoads ao estrelato. Era um pôster de Randy Rhoads que eu tinha na parede quando praticava oito horas por dia, e ele continua sendo meu guitarrista favorito de todos os tempos. Sua genialidade está espalhada por toda esta obra-prima do metal, e este álbum reviveu a carreira de Ozzy Osbourne. Cada música, cada riff e cada solo contém um gênio da guitarra emergindo para chutar o traseiro do mundo.
Jane’s Addiction – Nothing’s Shocking
O Jane’s Addiction salvou e redimiu o hard rock com esta demonstração de força. A banda abraçou sem remorso riffs de metal ousados, fundindo-os com uma arte underground e uma poesia de rua brilhante que criou um Rock and Roll grandiosamente sem precedentes.
A magia da Santeria, o lindo acústico ‘Jane Says’, as ruminações a la Jim Morrison na faixa ‘Pigs in Zen’ e a esmagadora ‘Mountain Song’ lançaram a ‘nação Lollapalooza’. Este álbum tem romance, misticismo, uma visão profunda e, na minha humilde opinião, continua sendo o melhor álbum de ‘rock alternativo’ até hoje.
Conor Oberst – Ruminations
Conor Oberst, dentro e fora de Bright Eyes, é um letrista singularmente brilhante e emocionalmente evocativo. ‘Ruminations’ é uma tapeçaria rasgada de uma alma desmoronando e é absolutamente lindo. Cada frase nítida é surpreendente e faz frente a [Bob] Dylan. Além disso, tenho certeza de que ‘Till St. Dymphna Kicks Us Out’ é sobre uma noite no East Village com Conor, eu e Michael Moore.
Knife Party – Rage Valley
Eu odiava EDM. Realmente odiava. Minha impressão do gênero era de ser aquela merda que tocava nos táxis italianos. Insuportável. Então um amigo me mostrou o Knife Party e eles me surpreenderam. ‘Rage Valley’ tem todo o poder, tensão, explosividade e atitude que gosto no Heavy Metal. Foi esse álbum que inspirou meu projeto ‘The Atlas Underground’ e o desejo de criar uma mistura entre a loucura dos amplificadores Marshall e os graves de ‘Rage Valley’.