O aclamado ator Bryan Cranston, conhecido principalmente por seus personagens em Breaking Bad e Malcolm in the Middle, demonstrou ser um verdadeiro apreciador de música ao revelar que várias fases de sua vida foram acompanhadas por uma trilha sonora.
Em 2022, o astro que cresceu durante a revolução cultural do Rock and Roll, vivendo o auge do gênero até a chegada da Invasão Britânica na década de 1960, revelou à NME que uma de suas primeiras memórias musicais está relacionada ao lendário guitarrista B.B.King e seu Blues:
Quando eu era criança, o pai de um amigo trabalhava no mundo da música e nos comprou ingressos para ver a lenda do blues B.B. King. Eu não conseguia acreditar na arte de sua musicalidade. Era impressionante o que ele conseguia fazer com uma guitarra. Ele tocou ‘Lucille’ e ‘The Thrill Is Gone’ e simplesmente emocionou com aquilo.
Há algum tempo, no entanto, Bryan Cranston demonstrou ter um gosto musical bastante versátil ao compartilhar com o BlackBook Magazine (via Far Out) uma lista com canções que o influenciaram ao longo dos anos.
O intérprete de Walter White revelou detalhes sobre músicas que marcaram diferentes momentos especiais em sua vida, desde sua juventude e papéis que interpretou até seu casamento e momentos ao lado de sua esposa e sua filha Taylor.
Incluindo canções de The Doors, Elvis Presley, Eagles, Billy Joel e muitos outros artistas, confira a seguir a seleção das 15 músicas preferidas de Bryan Cranston!
As 15 músicas preferidas de Bryan Cranston
Simon and Garfunkel – “Mrs. Robinson”
Eu era popular no primário, mas isso não significava ser ousado quando se tratava de meninas. Carolyn era uma garota linda e divertida que incendiou meu coração. Eu precisava convidá-la para sair. Uma festa de formatura na casa de um amigo foi minha última chance. Paul e Art estavam harmonizando essa música enquanto eu observava um garoto novo na escola realizar em dois segundos o que eu não conseguia em dois anos. Ele foi direto e a convidou para sair. Ela disse que sim, e antes que a festa acabasse eles estavam se beijando no sofá da sala. Fiquei atordoado, magoado e envergonhado. Essa música me leva de volta àquele momento vulnerável.
The Doors – “Light My Fire”
Meus pais terminaram o casamento no final dos anos 60. Essa música me deu uma fuga. Eu a ouvia repetidas vezes e ela me levava a outro lugar: ‘Garota, não poderíamos chegar muito mais alto. Vamos, querida, acenda meu fogo’. Eu ainda era virgem na época e me perguntava: ‘Será que uma garota pode realmente colocar fogo em você durante o sexo?’
Van Morrison – “Brown Eyed Girl”
Quando eu tinha 16 anos, segui o exemplo do meu irmão Kyle e entrei no programa de Exploradores do Departamento de Polícia de Los Angeles. Todos os sábados, durante oito semanas, tive que acordar às 5 da manhã para ir treinar na Academia. O alarme do rádio estava programado para me acordar, e eu gostava de não saber que música seria: ‘Maggie May’ de Rod Stewart, ‘Shaft’ de Isaac Hayes ou talvez esta, ‘Brown Eyed Girl’.
Eagles – “Take It Easy”
Em 1972, minha tropa de Exploradores viajou para a Europa por um mês. A agenda oficial era aprender com outros departamentos de polícia. A agenda não oficial era o álcool e o nirvana feminino para um rapaz de 16 anos. Depois de algumas cervejas, alguns caras pegavam violões e tocavam essa música numa esquina. Eu os acompanhava (mal) na minha gaita. Para nossa surpresa, os transeuntes deixavam cair moedas no chapéu, garantindo dinheiro para a cerveja nos próximos dias. Esta foi também a viagem onde perdi a virgindade com uma mulher muito profissional na Áustria. Jurei voltar um dia para encontrá-la.
Elvis Presley – “The Wonder of You”
Em meados dos anos 70, percebendo que nunca seria policial, saí da Califórnia com meu irmão em motocicletas. Viajamos durante dois anos com paradas para evitar o mau tempo e ganhar dinheiro. Nosso destino preferido foi Daytona Beach, Flórida, onde moravam nossos primos. Um deles, Freddie, estava acostumado a usar seus talentos musicais para conquistar garotas. Nós participamos. Aperfeiçoei minha imitação de Elvis Presley e até ganhei um ou dois concursos de talentos girando ao som de suas músicas. Foi um momento seminal quando percebi que a timidez não conquistaria as meninas. Eu mudei do dia pra noite.
Billy Joel – “Piano Man”
A música de Billy me lembra dos anos em que morei na Big Apple [Nova York]. Bons tempos.
Johann Pachelbel – “Canon in D Major”
Como alguém pode ouvir este clássico e não se emocionar? Meus gostos musicais estavam amadurecendo ou eu ainda estava apenas tentando impressionar as mulheres.
Nat King Cole – “Our Love Is Here to Stay”
Esta foi a ‘nossa música’ no meu casamento com Robin em 1989. Vergonhoso, talvez. Mas pode apostar que foi fofo.
Antonio Vivaldi – “The Four Seasons”
Numa noite estrondosa e tempestuosa em Veneza, em nossa lua de mel, entramos em uma igreja perto da Praça de São Marcos. Ouvimos com admiração enquanto os músicos davam vida a esta orquestração.
George Strait – “I Just Want to Dance with You”
“Adoro a simplicidade dessa música. Ela me obrigou a levantar minha nova filhinha em meus braços e dançar com ela pela sala toda vez que aparecia.
Green Day – “Good Riddance (Time of Your Life)”
Tive a sorte de ter um papel recorrente em Seinfeld como Tim Whatley, o dentista da gangue. Apareci em alguns episódios icônicos, como ‘The Yada Yada’. Essa música tocou na festa de despedida enquanto trechos e bastidores da temporada eram exibidos.
They Might Be Giants – “Boss of Me”
Esta foi a música tema de ‘Malcolm in the Middle’. Esse programa mudou a visão dos Estados Unidos sobre a família moderna, e a experiência mudou minha vida para sempre.
Jack Johnson – “Taylor”
O nome da minha filha é Taylor, então esta é obrigatória por razões óbvias.
Jason Mraz – ‘I’m Yours’
O que adoro nessa música não é apenas o fato de me afetar, mas também de fazer minhas meninas cantarem e dançarem. Há alegria no mundo.
Israel Kamakawiwo’ole – “Somewhere Over the Rainbow”
Ouvi esta versão evocativa pela primeira vez numa cerimônia de formatura, quando a minha irmã, Amy, concluiu o seu mestrado, uma grande conquista tendo em conta a nossa infância. Num momento de silêncio, feche os olhos e ouça esta música transcendente. Você terá a sensação de que não está mais no Kansas.