A partir de 26 de junho, os serviços de streaming Disney+ e Star+ se unirão em uma única plataforma. A integração marca o fim do Star+ como uma plataforma independente, incorporando seu conteúdo no Disney+.
Este movimento tem como objetivo centralizar o catálogo de conteúdos das duas plataformas, oferecendo aos usuários uma experiência mais robusta e variada. Agora, todo o conteúdo da Disney e de suas múltiplas marcas fica disponível em um só lugar, como acontece na maioria dos países – o Star+ era um serviço voltado para a América Latina, disponível apenas no Brasil, Colômbia e Argentina.
Impacto nos planos e preços
Com a fusão, o Disney+ oferecerá novos planos de assinatura, refletindo a expansão de seu catálogo. A assinatura padrão custará R$43,90 por mês, ou R$368,90 no plano anual.
Este plano incluirá acesso ao catálogo completo do Disney+, além de filmes e séries do Star+, esportes ao vivo da ESPN, áudio 5.1 e vídeo em Full HD (1080p). Os assinantes poderão usar até dois dispositivos simultaneamente e realizar downloads em até 10 dispositivos.
Para quem busca uma experiência premium, a assinatura custará R$62,90 mensais, ou R$527,90 anualmente. Este plano oferecerá o catálogo completo do Disney+, incluindo todos os canais e eventos exclusivos da ESPN. A qualidade de áudio será Dolby Atmos e a de vídeo até 4K UHD e HDR. Os assinantes do plano premium poderão usar até quatro dispositivos ao mesmo tempo, além de downloads em até 10 dispositivos.
As assinaturas cobradas por empresas parceiras, como Mercado Livre, SKY e Claro, podem variar. Os atuais assinantes do Disney+, Star+ ou Combo+ terão seus planos atualizados automaticamente, com exceções dependendo do contrato de cada empresa.
Mudanças no catálogo de conteúdos
A absorção do Star+ pelo Disney+ amplia o catálogo disponível. A partir do dia 26 de junho, o Disney+ incluirá uma aba dedicada ao Star+, que trará títulos de estúdios renomados como Searchlight Pictures, 20th Century Studios e FX, além de produções originais da América Latina e conteúdo ao vivo da ESPN.
Entre as adições ao catálogo, destacam-se todas as temporadas de séries de animação adulta como Os Simpsons, Futurama, American Dad e Family Guy. Além disso, os assinantes poderão acessar séries de sucesso como Grey’s Anatomy, Criminal Minds, American Horror Story e S.W.A.T., e produções latinas como Meu Querido Zelador e Santa Evita também farão parte do novo Disney+.
Os fãs de esportes terão acesso a transmissões ao vivo de partidas, torneios e campeonatos internacionais, incluindo eventos da ESPN. Para os amantes da música, a plataforma incluirá documentários e shows de artistas como The Beatles, Olivia Rodrigo, Bon Jovi e BTS.
Disney+ quer crescer em um dos maiores mercados do mundo
A fusão representa um esforço da Disney para consolidar sua posição no mercado de streaming brasileiro, oferecendo uma plataforma mais completa e diversificada. Com a centralização de conteúdo, a empresa espera atrair novos assinantes e manter os atuais.
O cenário exige esforços. A última medição da Kantar Ibope Media mostrou que o Disney+ obteve 0,2% de share na audiência de vídeo online. Para efeitos de comparação, a Netflix teve 4,4% no Brasil – e o YouTube liderou absoluto, com 17,6%.
O Star+ sequer pontuou, entrando na categoria “outros”, com 0,5%. Vale destacar que o vídeo online representa apenas 29,7% do tempo dos brasileiros na hora de assistir a alguma coisa – a TV linear ainda ocupa 70,3% da audiência.
Esse panorama mostra os desafios do investimento em streaming no Brasil – que não deixa de ser um dos mercados mais lucrativos e receptivos do mundo. A Disney sabe disso, tanto que realizará seu badalado evento D23 em São Paulo, de 8 a 10 de novembro. Tudo indica novos tempos para a magia do reino de Walt em terras brasileiras.