"Bad", "Thriller", "Black or White" e mais

Ranking: os 10 melhores clipes de Michael Jackson

O "Rei do Pop" também foi o maior precursor dos videoclipes nos anos 1980 como forma de estender a mensagem de uma música - e de eternizar coreografias icônicas!

Ranking: Os 10 melhores clipes de Michael Jackson
Imagens: Reprodução

Michael Jackson costuma ser lembrado merecidamente como o Rei do Pop, mas jamais podemos esquecer que o músico norte-americano também foi um profundo conhecedor do Soul e R&B, gênio da dança, ícone fashion e ainda o homem que revolucionou os videoclipes.

Desde a época de Jackson 5, Michael aprendeu a abordar seus vídeos musicais como curta-metragens, e convidou alguns dos principais diretores de cinema dos EUA para adicionar uma narrativa completa aos clipes, que antes disso eram um mero acompanhamento para uma canção.

Vídeos como os de “Thriller”, “They Don’t Care About Us” e “Billie Jean” não são apenas divertidos, muito bem produzidos e por vezes assustadores – eles também se tornaram veículos para transmitir mensagens políticas e culturais, assim como as letras das canções de MJ.

Para celebrar Michael Jackson, o TMDQA! assumiu a duríssima missão de ranquear os 10 melhores videoclipes de ninguém menos que o mestre dos videoclipes. Confira abaixo, e pode cornetar à vontade!

Os 10 melhores clipes de Michael Jackson

10. “Say Say Say” (1983)

A nossa décima escolha não é exatamente uma música de Michael Jackson, mas qualquer clipe que tenha a participação do maior videomaker de todos os tempos acaba se tornando um pouco dele, né? Estamos falando de “Say Say Say”, o então mega aguardado feat de MJ com Paul McCartney, que marcava o encontro dos maiores ícones do Rock e do Pop naquele momento.

Segundo o diretor Bob Giraldi, Macca estava “terrivelmente inseguro para dançar ao lado de Michael”, então o ex-Beatles compensou com seu talento para a atuação. No vídeo, eles fazem uma dupla de trapaceiros do Velho Oeste que viajam por aí vendendo bugigangas e se apresentando em teatros. Vale destacar a participação da saudosa Linda McCartney, parceira de Paul nos Wings.

9. “They Don’t Care About Us” (1995)

“Michael! Michael! Eles não ligam pra gente!”

É claro que não deixaríamos de fora a passagem mais icônica de Michael pelo Brasil! Em 1995, o astro lançou uma das músicas mais controversas da carreira, com forte teor político e sobre direitos humanos, e escolheu o Pelourinho, em Salvador, e a favela de Santa Marta no Rio de Janeiro para contar essa história – e tudo sob direção do lendário Spike Lee (Faça a Coisa Certa, A Última Noite).

“They Don’t Care About Us” teve colaboração do Olodum, e o bloco aparece durante todo o clipe interagindo com o músico, que veste uma camiseta do grupo baiano. Enquanto MJ dança nas ruas e janelas de um dos cenários mais lindos do Brasil, o vídeo mostra cenas reais da rotina de regiões pobres do nosso país. Não à toa o governo do Rio de Janeiro tentou barrar o lançamento do clipe, sem sucesso.

8. “Leave Me Alone” (1989)

Neste clipe do álbum Bad (1987), Michael decidiu dar uma resposta às dezenas de alegações que já surgiam contra ele na mídia sensacionalista da época, seja sobre sua sexualidade, a sua cor de pele e até mesmo o seu peso. Em “Leave Me Alone”, o Rei do Pop passeia pelo cérebro de um Michael gigante que foi preso numa espécie de zoológico, só para despertar e destruir tudo no final.

O vídeo dirigido por Jim Blashfield mistura técnicas inovadoras de live action e animação, e por isso ganhou até o Grammy de Melhor Clipe em Curta Metragem em 1990.

7. “Bad” (1987)

Ainda no álbum Bad, Michael decidiu fazer uma verdadeira homenagem ao cinema com o clipe da faixa-título. Ele chamou o renomado diretor Martin Scorsese (Taxi Driver, Os Infiltrados) e o ator Wesley Snipes, e criou um curta-metragem de 18 minutos que fala sobre a transformação através da música de um jovem que cresceu em gangues de rua.

Para a coreografia, ele fez referências ao clássico filme Amor, Sublime Amor (1961), de Steven Spielberg, e essa acabou se tornando uma das danças mais icônicas de MJ, especialmente pelo figurino que ele e os demais “membros da gangue” estão usando.

6. “Black or White” (1991)

A questão racial sempre foi uma prioridade para Michael Jackson em suas letras, já que o cantor sofreu várias acusações de tentar “apagar” as suas origens ao longo da carreira. Em seu primeiro álbum nos anos 90, Dangerous (1991), ele decidiu atacar diretamente esse tema com o hit “Black or White”, uma ode à igualdade racial.

Com John Landis – mesmo diretor que oito anos antes fez o clássico “Thriller” – e os atores Macaulay Culkin e Tess Harper, o clipe de “Black or White” usou uma técnica de vídeo revolucionária para a época chamada morphing, em que os rostos de pessoas de diferentes etnias foram sobrepostos em uma transição fluida. Foi um marco na carreira de Michael e uma declaração política e visual contra o racismo.

5. “Scream” (1995)

Depois de convidar a irmã Janet Jackson para o primeiro single do álbum HIStory: Past, Present and Future, é claro que esses dois dançarinos excepcionais precisavam gravar um videoclipe juntos – e o resultado foi simplesmente histórico! Tanto que, até hoje, o diretor Mark Romanek afirma que se trata do vídeo mais caro da história, com orçamento de US$7 milhões.

A inspiração para “Scream” também veio do cinema, do clássico 2001: Uma Odisseia no Espaço. O clipe, todo em preto e branco, se passa numa nave espacial futurista, cenário para uma espécie de “duelo de dança” entre os irmãos. O vídeo recebeu 11 indicações ao MTV Video Music Awards, um recorde para a época.

4. “Smooth Criminal” (1987)

Uma das sensações que temos ao assistir clipes de Michael Jackson é medo. Vídeos como o de “Thriller” têm um motivo bastante claro para isso, mas mesmo os mais suaves podem gerar estranheza por causa dos movimentos de outro planeta que o cantor fazia, e “Smooth Criminal” é um belo exemplo disso.

Este é o clipe em que Jackson e seus dançarinos fazem a icônica inclinação “anti-gravidade”, movimento aparentemente impossível que os coreógrafos tentaram decifrar por décadas. Sim, Michael usou cabos de proteção para a gravação, mas durante os shows ele usava um “sapato especial” que ficava grudado ao chão, e contava apenas com a resistência do corpo para se inclinar.

O clipe de 1987 não foi apenas uma homenagem ao cinema – com MJ usando um figurino que remete ao grande Fred Astaire -, como foi realmente o trecho de um filme. O vídeo é a parte principal de Moonwalker, longa lançado pela Warner em 1988 com um elenco que contava com o Rei do Pop, o astro Joe Pesci e Sean Lennon, filho de John Lennon que tinha apenas 13 anos.

3. “Beat It” (1982)

Finalmente chegamos à era de ouro dos clipes de Michael Jackson no início dos anos 1980, quando o cantor lançou Thriller, que além de ser um dos maiores álbuns de todos os tempos também é uma verdadeira obra visual. Os clipes desse disco fizeram a MTV abrir as portas para outros gêneros além do Rock, o que literalmente salvou a emissora da falência que a ameaçava na época.

O segundo clipe a ser lançado desse álbum ficará com a medalha de bronze por aqui: é o clássico “Beat It”, o primeiro de MJ a abordar a vida da população negra nas ruas dos EUA, especialmente as gangues. O cantor conseguiu reunir 80 jovens de dois grupos rivais de Los Angeles, além de dezenas de dançarinos de break para criar a “coreografia em massa” do vídeo, uma das marcas registradas de Michael.

O clipe dirigido por Bob Giraldi passa uma mensagem de união e paz entre os jovens negros, enquanto Jackson faz alguns de seus movimentos de dança mais icônicos usando a sua tradicional jaqueta de couro vermelha.

2. “Billie Jean” (1982)

O primeiro clipe de Thriller foi “Billie Jean”, uma das músicas mais reconhecíveis da história e que merecia um clipe à altura. Dirigido por Steve Barron, o vídeo foi considerado uma revolução tecnológica por conta dos planos e ângulos em que Jackson é filmado dançando pela cidade atrás de sua amada, iluminando cada piso que seus pés tocam.

O cantor quis fazer uma crítica aos paparazzi, mostrando um fotógrafo que acompanha seus passos até o quarto de Billie Jean, onde Michael desaparece debaixo dos lençóis e acaba “incriminando” o perseguidor. O clipe venceu o VMA de Vídeo do Ano em 1982 e em 2021 se tornou o primeiro de um artista negro a alcançar um bilhão de reproduções no YouTube.

1. “Thriller” (1982)

Não tinha como ser diferente. “Thriller” não é apenas o maior clipe de Michael Jackson, mas o maior clipe de todos os tempos, ponto final. Foi a primeira vez que o cantor solicitou um orçamento grande para fazer de fato um curta-metragem de 13 minutos. Embora tenha custado a bagatela de US$800 mil, o vídeo também é considerado pelo Guinness World Records como o mais bem-sucedido comercialmente da história.

Com esse orçamento em mãos – já após o sucesso dos vídeos de “Billie Jean” e “Beat It” -, Michael convidou o diretor de um filme independente chamado Um Lobisomem Americano em Londres (1981), que não fez sucesso na época mas serviu de inspiração para o cantor. John Landis concordou em roterizar e filmar um curta de 13 minutos ao lado de MJ, e o resto é história!

O clipe de “Thriller” misturou música e terror de um jeito nunca antes visto, e a coreografia também está entre as mais icônicas e transformadoras da história da dança, com destaque para o “flashmob de zumbis” a partir dos 8 minutos!

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