Último álbum reeditado

Mdou Moctar dá prévia de novo disco ao liberar o single "Imajighen"; ouça

Intitulado "Tears of Injustice", próximo álbum será lançado 28 de Fevereiro

Mdou Moctar lança novo single
Crédito: Nelson Espinal

Antes de lançar seu novo disco Tears of Injustice, que reimagina o álbum Funeral for Justice, liberado em Maio, a banda Mdou Moctar, originalmente formada na aldeia de Abalak, no norte do Níger, divulgou a versão reeditada do single “Imajighen”.

O trabalho de estúdio original foi totalmente regravado e rearranjado com instrumentos acústicos e tradicionais, e os planos de gravar um complemento para Funeral for Justice já estavam em andamento quando o disco saiu.

Dois dias após o término da turnê na cidade de Nova York, o quarteto começou a registrar em estúdio Tears of Injustice no Bunker Studio, no Brooklyn, com o engenheiro Seth Manchester, como conta o baixista e produtor do grupo Mikey Coltun:

“Queríamos fazer uma versão separada de ‘Funeral’ para as pessoas ouvirem. Estamos sempre brincando com os arranjos nos shows. Queríamos provar que poderíamos fazer isso em um disco também. E há um outro lado da banda que aparece quando tocamos em um set despojado. Isso se torna algo novo.”

Eles, então, escolheram gravar a nova versão sentados juntos em uma sala, mantendo a sessão solta, despojada e espontânea. Coltun completa:

“Na verdade, não trabalhamos nos arranjos antes de entrarmos. Nós apenas tocávamos, encontrávamos a sensação e fazíamos a música.”

Ouça a nova versão de “Imajighen” ao final da matéria!

Mdou Moctar reedita single de último álbum

Em Funeral for Justice, a raiva contra a situação do Níger e do povo tuaregue é claramente expressa no volume e na velocidade das músicas.

Na reedição Tears of Injustice, as músicas mantêm o peso sem amplificação, transmitindo o pesar de uma nação presa em uma constante agitação pela pobreza, exploração colonial e revolta política. É a música de protesto tuaregue em sua forma mais crua e essencial.

“Quando Mdou escreve as letras, ele geralmente as escreve com um violão acústico. Assim, você se aproxima mais daquele momento original. Ele mantém o peso, e é assombroso,” finaliza Mikey.