Em março, os amantes de hardcore serão presenteados com o split e a mini-tour Chumbo, que, fazendo jus ao seu título, reunirá bandas que contribuem cada vez mais para que o estilo seja propagado e que tenha cada vez mais qualidade. São elas: Zander, Plastic Fire, Bullet Bane e Fire Driven.
O TMDQA! é um dos parceiros desse projeto de peso e, portanto, começará a fazer posts especiais para que você, caro leitor, descubra ou redescubra os excelentes trabalhos de cada uma das bandas que nele estão envolvidas.
Inaugurando a série, escrevemos sobre a trajetória dos paulistanos do Fire Driven.
O projeto idealizado por César Carpanez, ex-guitarrista das conhecidas e respeitadas bandas Dance of Days, Street Bulldogs, Seven I Lie e Paura, deu seus promeiros sinais de vida em 1998, quando ele compôs músicas cujas fontes de inspiração foram Nirvana, Samiam, Seaweed, Farside, Sense Field, Pegboy e Down By Law (na primeira formação).
Porém, como Carpanez se dedicava a outros projetos durante o final dos anos 90 e o começo dos anos 2000, o Fire Driven foi por vezes arquivado. Até que, em 2009, o músico juntou-se ao seu irmão, o baterista Rafael, para ensaiar as novas canções e, assim, trabalhá-las.
Aproveitando que o guitarrista Zeek Underwood, ex-Shed e Ludovic, morava no estúdio onde os irmãos Carpanez ensaiavam e, inclusive, já havia composto algumas letras e participado de alguns ensaios, ele foi logo recrutado para tornar-se membro oficial do projeto que começava a tomar forma, finalmente.
Após finalizar três canções (“Fractions“, “Give Me a Gun” e “Change of Opinion“) que iriam mais tarde compor o primeiro álbum do grupo, a necessidade de arrumar alguém que ocupasse a vaga de baixista agravou-se, até que o trio encontrou a excelente Maria Piti, que também faz parte da banda de grindcore/metal, Desalmado.
A estreia do Fire Driven nos palcos não poderia ter sido mais especial: ao lado das bandas Zander e End Hits, o grupo abriu o show dos norte-americanos do Samiam (que, conforme foi escrito anteriormente, é uma das principais influências do projeto), no lendário palco do Hangar 110, em São Paulo.
A partir daí, o grupo tocou ao lado de outras grandes bandas da cena brasileira, como Dead Fish, Garage Fuzz, Os Estudantes e Te Voy a Quebrar.
Com o ganho de notoriedade, o Fire Driven logo tratou de gravar o seu primeiro disco. Lançado em 2011, o excelente e pesado Growing Past These Lines foi mixado pelo amigo Gabriel Zander (ex-Noção de Nada, Deluxe Trio e atual Zander), no Rio de Janeiro, no estúdio Superfuzz, o qual é proprietário.
O excelente registro captou toda a essência e todas as influências do Fire Driven. É um disco muito bem trabalhado, inspirador e, por ser curto, torna-se viciante. Sem dúvida, um deleite para os amantes de post-hardcore, grunge e [por que não?] stoner rock.
Sim, os elogios podem até parecer exagerados, porém, convido você a clicar neste link e duvido que também não fique surpreendido com o peso e a qualidade do quarteto.
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Não deixe de assistir, logo abaixo, ao belo e recém-lançado videoclipe de “Give Me a Gun“, cuja direção ficou por conta de George Queiroz e a arte por Ricardo Tatoo.
Em tempo, para saber todos os detalhes sobre a mini-tour Chumbo, que acontecerá no Rio de Janeiro, em Santos, em São Paulo e em Curitiba, clique aqui.