David Gilmour e suas insatisfações com algumas obras do Pink Floyd

Os piores discos do Pink Floyd segundo David Gilmour

Confira os discos da lendária banda que não agradaram o icônico guitarrista

David Gilmour (Pink Floyd)
Foto: Wikimedia Commons

É impossível falar do Pink Floyd e não enaltecer o trabalho incontestável de David Gilmour, que ajudou o grupo a se tornar uma das bandas mais aclamadas da história.

O lendário guitarrista passou a integrar o grupo em 1967, quando o vocalista Syd Barrett já estava enfrentando alguns desafios por conta de seu abuso de substâncias, e sua presença ajudou a amenizar um pouco o impacto da saída do cofundador do PF no ano seguinte.

Gilmour também entrou como co-vocalista na banda e, depois de ter trabalhado em diversas composições bem-sucedidas ao lado do baixista e co-vocalista Roger Waters, ele acabou assumindo a posição principal enquanto o saudoso tecladista Rick Wright e o baterista Nick Mason completavam a formação.

A partir da saída de Barrett, o Pink Floyd entrou em uma fase de transição em que sua música extremamente psicodélica passou a ganhar uma sonoridade mais profunda, voltada ao rock progressivo.

Até conseguir alcançar o seu auge e lançar discos conceituais aclamados como The Dark Side of the Moon de 1973, o grupo usou e abusou do experimentalismo, testando novas maneiras de apresentar seu som sem a presença de Barrett. Muitas vezes isso deu certo, mas em outras nem tanto, segundo o próprio ex-frontman da banda.

Ao longo dos anos, David Gilmour compartilhou algumas de suas insatisfações com determinados discos que foram lançados em sua era no Pink Floyd. A seguir, descubra dois discos que David Gilmour considera os piores entre os que já foram lançados por sua banda (via Far Out).

Os piores discos do Pink Floyd segundo David Gilmour

Atom Heart Mother

O Pink Floyd lançou em 1970 o álbum Atom Heart Mother, que se tornou o quarto disco da banda com David Gilmour e o terceiro sem Barrett. No entanto, para o guitarrista, o grupo ainda não havia encontrado sua direção musical definitiva.

Em entrevista à revista Mojo em 2001, David apontou que esta pode ter sido a fase artisticamente mais baixa do PF:

“Não sabíamos para onde estávamos indo em termos de gravação. Mas éramos muito bons ao vivo. Éramos muito bons em improvisar. Mas não conseguíamos traduzir isso para o disco. Gradualmente, uma direção se revelou para nós. Uma linha que começou com a faixa ‘Saucerful of Secrets’ até ‘Echoes’, passando pela longa peça ‘Atom Heart Mother’.

Foi uma boa ideia, mas foi horrível. Eu ouvi esse álbum recentemente. Deus, é uma merda, possivelmente nosso ponto mais baixo artisticamente. ‘Atom Heart Mother’ soa como se não tivéssemos nenhuma ideia do que estávamos fazendo. Mas nos tornamos muito mais prolíficos depois disso.”

Ummagumma

Outra obra que também não agradou o vocalista foi o disco lançado antes de Atom Heart Mother, Ummagumma, que apresentava gravações originais de estúdio e também versões ao vivo de músicas publicadas anteriormente.

Apesar do disco ter sido elogiado por vários fãs e conter músicas já conhecidas, David Gilmour não se tornou um grande admirador da obra. Em 2011, ele conversou com a Rolling Stone sobre esta fase da banda e confessou que, com frequência, sua inspiração não se alinhava exatamente com a direção criativa que ele seguiu no futuro:

“Éramos bem corajosos e colocávamos qualquer coisa em um disco que nos divertisse de uma forma ou de outra. Mas em alguns desses momentos estávamos nos debatendo. [Nós] não tínhamos nosso ímpeto para frente muito claro, e a inspiração pode ter sido um pouco escassa às vezes.”

OUÇA AGORA MESMO A PLAYLIST TMDQA! CLASSICS

Clássicos incontestáveis do Rock And Roll e da Música Brasileira aparecem nessa seleção especial do Tenho Mais Discos Que Amigos! Siga a Playlist TMDQA! Classics e aproveite para viajar no tempo com muita nostalgia. Aproveite e siga o TMDQA! no Spotify!