A América decidiu

Isentão? Julian Casablancas diz por que não votou nas eleições dos EUA

"Os dois partidos são uma piada… uma mentira horrível", definiu o vocalista dos Strokes

Julian Casablancas, vocalista do The Strokes
Foto de Julian Casablancas via Shutterstock

Em publicação recente mas já deletada do Instagram, Julian Casablancas, vocalista do The Strokes, revelou sua recusa em votar nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, que, nesta quarta-feira (6), definiram Donald Trump (Republicanos) como vencedor da corrida contra Kamala Harris (Democratas).

Na postagem agora indisponível, o cantor publicou uma imagem que dizia “Eu protestei” em contraponto ao adesivo com a mensagem “Eu votei”, que se popularizou nesse pleito de 2024, além de ter compartilhado parte de uma conversa que teve com sua mãe.

O texto, por exemplo, dizia que ela concordava com a posição do filho sobre política, mas discordava de sua abstenção, pois um voto poderia “impedir Trump de vencer”.

Casablancas, então, continuou (via NME):

“Como eu disse a ela, estou pensando nos meus filhos. Os dois partidos são uma piada… uma mentira horrível. Os militares, as empresas petrolíferas e os bancos são em quem estamos votando — e a mídia é sua ala de propaganda/entretenimento. E da maneira como eles enganaram Bernie [Sanders], vejo pouco sentido em escolher entre esses fantoches… Eles querem que você pense que isso importa. Dessa forma, nada mudará, mas tem que mudar.”

Vale lembrar que, em 2020, Julian apoiou o candidato democrata Bernie Sanders, que perdeu a indicação do partido para Joe Biden, atual presidente americano.

Julian Casablancas discutiu política antes das eleições

Em Setembro, Casablancas já havia conversado com a NME sobre suas opiniões políticas e sugeriu que a chapa de Kamala seria ligeiramente mais interessante que de Trump.

Citando Tim Walz, Julian afirmou:

“Para ser super moderado, eu diria que o candidato a vice de Kamala Harris, [Tim] Walz — ele parece uma pessoa honesta e decente. Então, só por ele, suponho que estarei torcendo mais por esse time do que pelo outro, mas acho que ambos são dois lados da mesma moeda corporativa. Emocionalmente, uma mulher de cor e tudo isso — claro, vamos tirar isso do caminho e marcar essa caixa para que possamos seguir em frente. Mas, em termos do que as pessoas realmente querem, nenhum dos partidos oferece isso – eles apenas têm um domínio absoluto sobre o poder.”