Pedro Viáfora lança novo clipe na Tune.Play, plataforma com foco na remuneração de artistas

Tecnologia brasileira promete trazer ganhos maiores que plataformas de streaming convencionais

Pedro Viáfora
Créditos: Pamela Munhoz

Pedro Viáfora, conhecido por sua carreira solo e por integrar o grupo 5 a seco, lançou a canção “Gostar de Alguém” em 2023. Agora, ele disponibiliza o videoclipe oficial para teste exclusivo na Tune.Play, plataforma que permite que os superfãs adquiram o acesso a conteúdos exclusivos por meio da compra de NFTs, aproximando o fã do artista e fazendo com que ambos ganhem. A plataforma já está aberta para testes (acesse aqui). Ao final deste mês, um lançamento inédito de Pedro estará disponível, com toda a dinâmica oficialmente ativa para os superfãs.

Conteúdos exclusivos e pré-estreias na Tune.Play

A Tune.Play permite que o artista se transforme em uma organização autônoma, podendo disponibilizar seu conteúdo a até mil superfãs durante a fase de avant-première, ou seja, antes do lançamento em outras plataformas. Com isso, a Tune.Play calcula remunerar até 454 vezes mais por reprodução em comparação aos players tradicionais, como o Spotify, garantindo uma valorização significativa para o trabalho do artista.

“Fiquei muito empolgado com a proposta da Tune.Play porque segue a lógica do cinema. Os produtores investem uma fortuna na produção de um filme e, já nas primeiras semanas nos cinemas, é possível recuperar uma parte desse investimento com sessões em primeira mão. Na música, esse modelo ainda não existe. Para quem é super fã, esse é um mercado a ser explorado. Eu, por exemplo, pagaria um preço acessível para conferir lançamentos antes de todo mundo”, explica Pedro.

“O funcionamento do mercado da música é sempre complexo. Os artistas levantam dinheiro para fazer um lançamento e é muito difícil recuperar essa quantia em um curto prazo. Não é como antigamente, quando você tinha uma primeira venda de CD’s e discos e acabava conseguindo assim uma grana inicial.”

Há mais um aspecto interessante do modelo da Tune.Play. “O valor mínimo de cada lançamento é o artista quem determina. Já o valor máximo são os fãs que elegem. Isso é o legal da história toda: fã e artista regulam o preço, assim o artista tem a chance de entender melhor a capacidade que sua obra tem com a sua base de fãs mais próximos”, explica Carlos Gayotto, um dos fundadores da plataforma. Funciona assim: inicialmente, são disponibilizados dez ingressos a R$ 10 cada. Esse ingresso dá direito a acessar o conteúdo exclusivo por uma hora após o primeiro play. A partir do décimo primeiro ingresso, os fãs começam a formar uma fila, podendo dar lances (não menores que os R$ 10 iniciais) para acessar o conteúdo. Após os primeiros dez ingressos serem vendidos, os lances mais altos são executados automaticamente, fazendo com que os preços da exibição flutuem conforme a demanda (confira mais aqui).

Plataforma de Áudio, “Bolsa de Valores” e “Tokenização”

A Tune.Play é a mistura de uma plataforma de reprodução de áudio com uma espécie de “bolsa de valores”, ao permitir a tokenização. Os artistas controlam o financiamento, a distribuição, o consumo e as recompensas. Já os fãs contribuem para o sucesso do artista, ao ouvir primeiro a música e ter acesso a conteúdos exclusivos.

A iniciativa pertence à TuneTraders, tecnologia brasileira que se transformou no primeiro protocolo em blockchain para a música no mundo. Ele serve para integrar, em um só lugar, todas as informações sobre recebimentos de receitas e royalties de órgãos reguladores, como o ECAD, associações de direitos autorais, distribuidoras e players de streaming.

A TuneTraders foi criada em 2019, por Carlos Gayotto, com a mentoria de Maurício Magaldi, pioneiro no mercado de serviços blockchain com a IBM na América Latina, e hoje sócio de Carlos.

“O Magaldi, além de gênio da área de tecnologia para finanças, também é músico como eu. Ele é um baterista dos bons. Estamos fazendo tudo isso como um legado para a música”, afirma o empresário. Para colocar o Tune.Play no ar, se juntam a eles, em uma espécie de joint venture, dois nomes de peso: a WePlay, primeira plataforma de streaming de shows de música do Brasil; e a Mobiup, companhia de desenvolvimento de software e soluções em infraestrutura blockchain – eleita pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) uma das 20 empresas mais inovadoras do Brasil.

Entre os cases de sucesso do Protocolo, ainda na plataforma antiga da TuneTraders até o momento, vale citar que o cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro arrecadou R$ 60 mil vendendo aos seus fãs 600 tokens de R$ 100 cada da canção inédita “O Tempo Não Espera”; a cantora e compositora paulistana Tiê levantou R$ 15 mil vendendo aos seus fãs 300 tokens de R$ 50 cada do disco do seu duo FogoFera, com Adriano Cintra; e o compositor, cantor e instrumentista Paulo Novaes levantou R$ 5 mil com 100 tokens de R$ 50 cada para o videoclipe de “Travo”, com o duo ANAVITÓRIA.