Toto mostra em show no Rio de Janeiro que segue afiado após quase meio século de carreira

Toto se apresentou no Rio de Janeiro — Crédito: Diego Castanho

O Toto pode acumular já 46 anos de carreira, mas foi somente nesta terça-feira (26) que a banda do guitarrista Steve Lukather estreou no Rio de Janeiro. O veterano grupo se apresentou na Arena Jockey, na Gávea, para um público empolgadíssimo, muito por conta da presença inédita do Toto na capital fluminense.

Com sua turnê The Dogz of Oz, a banda retornou ao Brasil pela primeira vez em 17 anos e, depois de passar por São Paulo no último domingo (24), contagiou a plateia carioca com muitos hits e técnica apurada.

Único integrante remanescente da formação original, o também vocalista Lukather veio acompanhado do cantor Joseph Williams, filho do oscarizado compositor de trilhas sonoras John Williams, Greg Phillinganes (teclados), Dennis Atlas (teclados e vocais), John Pierce (baixo), Shannon Forrest (bateria) e Warren Ham (saxofone, gaita, flauta, percussão e vocais).

Quando o relógio estava prestes a marcar 20h, todos eles entraram em cena para dar uma verdadeira aula de música ao vivo, misturando o Rock com pinceladas do Pop, Soul, Jazz e R&B. Para começar o show incendiando os fãs, o Toto executou “Goodbye Girl”, faixa presente no disco de estreia autointitulado lançado em 1978.

Na sequência, o público explodiu de vez com a deliciosa “Hold the Line”, um dos maiores sucessos do grupo e que também está no primeiro álbum do Toto. A performance seguiu animada com “99”, música que integra o trabalho de estúdio Hydra (1979) e que, na apresentação, contou com agradecimento de Steve ao tecladista David Paich, que ainda é creditado no Toto mas não se apresenta mais ao vivo.

Depois de “Pamela”, do The Seventh One (1988), e da instrumental “Jake to the Bone”, presente no álbum Kingdom of Desire (1992), o tecladista Greg fez seu número solo, enquanto os outros membros do Toto se dirigiram para o backstage. Em sua eficiente participação individual, o músico fez o público vibrar com a introdução de “Beat It”, já que Phillinganes acompanhou o saudoso Michael Jackson em duas turnês.

Após “Burn”, do álbum Toto XIV (2015), o clima do show ficou mais melancólico o com a bela “I’ll Be Over You”, do Fahrenheit (1986), e voltou a empolgar com “Stop Loving You” e a versão do Toto para “Little Wing”, do lendário grupo The Jimmy Hendrix Experience, seguido pelo solo de bateria de Forrest.

Toto no Rio de Janeiro

Com todos de volta ao palco, a banda executou os hits “I’ll Supply the Love” e “Georgy Porgy”, com “A Thousand Years” entre as duas. Antes de cantar essa última, Joseph lembrou que a canção, apesar de ter sido lançada em 1988, somente estreou no setlist do grupo em 2024.

Logo depois de “Dying on My Feet”, o Toto apresentou individualmente cada integrante, recebendo o carinho empolgado dos fãs, que rapidamente puxaram um coro de “Olê, olê, olê, olê, Toto, Toto”.

No palco, o grupo reagia impressionado com a potência das vozes em uníssono. Foi então que a banda emendou na cover de “With a Little Help From My Friends”, com menos cara de Beatles e mais inspirada na versão famosa de Joe Cocker.

Para o encerramento sem bis, a banda celebrou o aclamado disco Toto IV (1982), vencedor de seis Grammys, incluindo Álbum do Ano, com a poderosa “Rosanna” e o maior single de toda sua discografia, “Africa”, que acumula mais de 1 bilhão de reproduções no Spotify.

Com o público na mão depois de mais de duas horas de apresentação, o Toto mostrou que sua longevidade precisa ser admirada e provou que a alta rotatividade na formação do grupo nas últimas décadas não atrapalha em nada a unidade e harmonia em cima do palco.

Confira fotos e o setlist do show logo abaixo!