Não é sempre que grandes compositores acertam, e alguns lançamentos acabam virando motivo de “vergonha” para eles anos depois – algo que até John Lennon, um dos maiores letristas de todos os tempos, já sentiu.
Mesmo quando acertam em cheio e emplacam hits inesquecíveis, as bandas podem acabar “de saco cheio” de tocá-las ao vivo por tantas décadas, caso do Guns N’ Roses com “Sweet Child O’ Mine” e dos Strokes com “Last Nite”.
Outros grupos históricos como Eagles, Rush, Oasis e Foo Fighters também já admitiram que algumas de suas músicas não envelheceram bem – e, em alguns casos, nem deveriam ter sido lançadas.
Pensando nisso, o TMDQA! reuniu 10 vezes em que os compositores de clássicos do rock e do pop detonaram suas próprias músicas, seja por arrependimento ou mudança de perspectiva. Confira abaixo!
10 músicas que nem os próprios artistas defendem
Guns N’ Roses – “Sweet Child O’ Mine” (1988)
Sabe quando essa música toca no bar e vem aquela sensação de “não aguento mais”? Pois é, o próprio Slash já se sentiu assim. Em entrevista no começo dos anos 1990, o guitarrista revelou que o riff de “Sweet Child O’ Mine” era pra ser apenas uma brincadeira, já que é relativamente simples e se parece mais com um exercício de guitarra. Embora tenha se tornado um clássico, Slash disse que “não é nada divertido tocá-la ao vivo”.
The Beatles – “Run For Your Life” (1965)
Já na virada para os anos 1970, com o fim dos Beatles, John Lennon reconhecia alguns problemas em letras que escreveu na década anterior. Em entrevista à Rolling Stone naquela época, ele disse que não se orgulhava de “Run For Your Life”, faixa do Rubber Soul (1965) que fala sob o ponto de vista de um homem agressor, que mataria sua namorada caso ela fosse infiel.
Paul McCartney – “Bip Bop” (1971)
Maior parceiro de Lennon, Paul McCartney também viveu um arrependimento parecido. Mas não por causa da letra, e sim pelo som de “Bip Bop”, música do terceiro álbum dos Wings que Paul considerava “infantil demais”. A faixa tem uma gravação monofônica, ou seja, com pouca riqueza de detalhes, e o autor disse mais tarde que gostaria de tê-la deixado de fora do disco.
Foo Fighters – “The One” (2001)
A banda de Dave Grohl é, sem dúvidas, uma das mais populares do mundo nos últimos 30 anos, mas tem um single de 2001 que muitos fãs nem conhecem. Lançada para a trilha sonora do filme Correndo Atrás do Diploma, “The One” ganhou até videoclipe, mas depois foi “cancelada” pela banda. Na época, Taylor Hawkins admitiu que foi uma tentativa forçada de criar um hit radiofônico.
Oasis – “Wonderwall” (1995)
Nesta lista não estamos considerando a popularidade das músicas e o quanto elas foram importantes para o rock, já que “Wonderwall” é um dos maiores hits da história e ponto. Mas para o autor, Noel Gallagher, a música não passa de um rascunho. Segundo ele, a maioria das músicas do disco (What’s the Story) Morning Glory? está inacabada, porque foram escritas entre um show e outro da turnê anterior.
Lorde – “Royals” (2013)
O hino que lançou Lorde ao estrelato em 2013, misturando pop com música alternativa, também se tornou um peso para a cantora. “Royals” não pode ficar de fora de nenhum show, mas a neozeolandesa já disse não se reconhecer mais nela, afinal ela tinha apenas 16 anos quando fez uma crítica contundente à “cultura das aparências”. Hoje com 26 anos e três discos lançados, ela prefere escrever de um modo mais poético e menos objetivo.
The Strokes – “Last Nite” (2001)
Na mesma pegada de “Wonderwall”, outra música que marcou época no rock internacional foi “Last Nite”, faixa que catapultou os Strokes ao estrelato logo com o álbum de estreia. Mas o vocalista Julian Casablancas disse recentemente que “não suporta mais” ouvir a faixa no rádio, e que outras músicas do disco como “Reptilia” e “Hard to Explain” continuam sendo agradáveis para ele.
Rush – “The Fountain of Lamneth” (1975)
A banda canadense sempre foi sinônimo de ambição dentro do rock progressivo, mas a música “The Fountain of Lamneth”, do álbum Caress of Steel (1975), foi um exagero até para os padrões da banda. Com mais de 20 minutos de duração, a faixa se tornou um dos momentos mais esquecidos da discografia do grupo, e o próprio Geddy Lee admitiu que eles estavam “muito chapados” na época para perceber que a canção não fazia muito sentido.
Eagles – “Earlybird” (1972)
Outra banda que apostava na ambientação das suas músicas é o Eagles, e para “Earlybird” eles decidiram usar sons de pássaros cantando. Só que a faixa do disco de estreia do grupo, em 1972, foge um pouco do estilo country rock e não fez sucesso entre os fãs. Don Henley, um dos líderes da banda, já confessou que a música não se encaixa na identidade dos Eagles e que os efeitos sonoros exagerados foram uma “distração desnecessária”.
KISS – “I Was Made for Lovin’ You” (1979)
Dessa vez, o problema não é a música em si, mas os backing vocals dela. Para Gene Simmons, o clássico do Rock “I Was Made for Lovin’ You” é chato de cantar, já que ele fica fazendo apenas “do-do-do-do” enquanto Paul Stanley canta o refrão. Em entrevista recente, o baixista do KISS soltou o verbo: “eu odeio tocar essa música até hoje. Estádios cheios de gente pulando pra cima e pra baixo, e eu estou ali: ‘Do-do-do’… Me mate logo!”.
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