Chuck Hipolitho é VJ da MTV, guitarrista e vocalista das Vespas Mandarinas, pai da Nina, produtor, dono de estúdio, fã de Elvis Costello e figurinha carimbada no rock nacional.
Convidamos o cara para a seção “Meus Discos, Meus Amigos” e conversamos com ele a respeito de sua coleção, seus álbuns marcantes e outras coisas mais.
Confira o bate-papo logo abaixo.
TMDQA!: Qual o disco de vinil mais importante da sua coleção?
Chuck Hipolitho: A trilha sonora do filme La Bamba, foi onde eu aprendi e comecei a gostar de verdade de música e de rock and roll. Aquilo é minha escola.
TMDQA!: O que você acha da volta dos discos de vinil?
Chuck Hipolitho: É mil vezes mais legal gostar de vinil hoje em dia. Eu vi o CD chegar e estou vendo o CD ir embora, posso dizer isso. Espero que o vinil traga de volta o hábito de escutar discos e não apenas músicas. O processo de masterização para vinil é menos agressivo também, a música ganha mais dinâmica. No meio analógico existe a geração de sub-harmônicos graves acidentais e também tudo que é muito agudo e tem som de SSSSSSSSSSSSS tende a soar com FFFFFFFFFFFF o que deixa a música mais “quente”. Tenho uns 700 CDs em casa, e não tenho onde ouvi-los, a não ser no meu carro. Da porta para dentro só ouvimos vinil e MP3 quando é de uma novidade.
TMDQA!: Qual foi seu primeiro disco (vinil/CD)?
Chuck: O tal La Bamba, em vinil.
TMDQA!: Que bandas tem ouvido ultimamente?
Chuck: OFF!, Band of Horses, the Cure, Santigold, Skate Aranha, Cascadura, Hard-Fi, Turbowolf, Jesus and Mary Chain, Rush… xi… muita coisa!?
TMDQA!: Você tem mais discos que amigos?
Chuck: Amigos de verdade cabem nos dedos das minhas duas mãos. Acho que inclusive conheço menos pessoas do que a quantidade de discos que tenho… mas, não são tantos assim.
TMDQA!: As Vespas Mandarinas irão lançar seu disco de estúdio em vinil?
Chuck: Espero que sim, a Deck vai decidir. Tá vindo um belo disco por aí, acho bem provável que o Rafa queira lançar uma bolacha sim. É um sonho meu.
TMDQA!: Você tem como gravar discos de forma analógica, em fita, em seu estúdio? Pretende fazê-lo com alguma banda?
Chuck: Dá mó trabalho e a manutenção é cara. É coisa para estúdios grandes… mas, praticamente todo o processo mental quando gravo tende a ser “analógico”, já faz uma diferença. Tenho um equipamento chamado FATSO que me ajuda… é o anagrama para “full analog tape simulator & optimizer” – ele me ajuda a fazer sujeira dentro do meio estéril que é o digital.
Outras Edições
Danilo Gentili, Roger do Ultraje A Rigor, Pitty, André Forastieri e Gabriel Thomaz são alguns dos que já participaram desse quadro com a gente.
Leia o papo com todos eles clicando aqui.