Música

<B>Tom Morello</b> fala sobre candidato Republicano à <b>vice-presidência</b> dos EUA

"Paul Ryan é a personificação da máquina contra a qual a nossa música se enfurece." A ironia? O candidato diz ser fã de <b>Rage Against The Machine</b>.

Tom Morello e Paul Ryan

Paul Ryan foi o político eleito recentemente para ser o candidato à vice-presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano ao lado de Mitt Romney, que tenta tirar Barack Obama do poder.

Político de direita, Ryan já chegou a dizer que uma de suas bandas favoritas é o Rage Against The Machine, conhecido por suas visões de esquerda, músicas de protesto e defesa dos menos favorecidos.

Em um “op-ed” para a Rolling Stone, Tom Morello explicou que Ryan é “a personificação da máquina contra a qual nossa música se enfurece.”

O op-ed é um artigo publicado por um veículo com autoria de alguém que não faz parte da equipe do veículo. Você pode ler a matéria na íntegra aqui e alguns trechos traduzidos logo abaixo.

O amor de Paul Ryan pelo RATM é impressionante, porque ele é a personificação da máquina contra a qual a nossa música tem se enfurecido há duas décadas. Charles Manson amava os Beatles mas não os entendia. O Governador Chris Christie ama Bruce Springsteen mas não o entende. E Paul Ryan não faz ideia do que se trata sua banda favorita, o Rage Against The Machine.

Ryan diz que gosta do som do Rage, mas não das letras. Bom, eu não me importo com os sons de Paul Ryan ou suas letras. Ele pode gostar de quaisquer bandas que quiser, mas sua visão de mudar o lucro mais radicalmente para um por cento da população é anti ética em relação à mensagem do Rage.

Eu queria saber qual é a música favorita do Rage de Ryan? É aquela onde condenamos o genocídio dos Índios Americanos? Aquela onde detonamos o Imperialismo Americano? Nossa cover de “Fuck The Police”? Ou é aquela onde chamamos o povo para apreender os meios de produção? Tantas escolhas excelentes para se ouvir em reuniões de jovens republicanos!

Não me leve a mal, eu vejo claramente que Ryan tem muita “raiva” dentro de si: raiva contra mulheres, raiva contra imigrantes, raiva contra trabalhadores, uma raiva contra gays, raiva contra os pobres, raiva contra o meio ambiente. Basicamente a única coisa com a qual ele não tem raiva é a elite privilegiada onde ele se ajoelha para pedir doações de campanha.

Você pode ler mais a respeito da história do Rage Against The Machine no livro Rage Against The Machine – Guerreiros do Palco clicando aqui.